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Opinião

O CMO do futuro deve apostar somente em tecnologia?

Ferramentas podem ajudar a personalizar o marketing, mas não substituem a empatia


12 de fevereiro de 2024 - 14h00

O universo do marketing está em constante transformação, desafiando todos os participantes a aprimorarem suas abordagens em uma arena cada vez mais democrática. Assim, o Chief Marketing Officer (CMO) deixou de ser apenas um impulsionador de marcas; ele se tornou um arquiteto estratégico, trabalhando para converter vendas de maneira significativa em um ambiente de negócios cada vez mais complexo.

Se, no passado, os recursos financeiros eram o principal impulsionador da competitividade, hoje a agilidade e a inteligência são as moedas mais valiosas. No entanto, para o CMO moderno, o verdadeiro diferencial vai além das ferramentas disponíveis. Antes de tudo, ele precisa compreender profundamente o consumidor. Sem conhecer quem é esse consumidor, o que deseja, como se informa, consome e se fideliza, o CMO não conseguirá realizar algo essencial: uma comunicação empática.

A tecnologia, como a Inteligência Artificial (IA), tornou-se uma aliada indispensável no processo de criação de estratégias. Adotá-la é inevitável para operar de maneira rápida e eficiente, mas o CMO do futuro não pode se apegar somente às ferramentas. A curiosidade e a vontade de aprender continuam cruciais para manter a presença junto ao consumidor no momento certo.

E não só isso. A criatividade e a empatia são fundamentais para impulsionar as vendas e estabelecer conexões emocionais duradouras. Entender os desejos individuais, transformando essas compreensões em ideias poderosas, é a verdadeira inteligência que diferencia profissionais e impulsiona os negócios. Em outras palavras, não basta criar campanhas; é essencial comunicar corretamente. Um produto de alta performance, sem uma comunicação efetiva e empática, não atinge seu potencial. Muitas ideias e produtos excelentes morrem por não sabermos comunicar corretamente. Eles podem ser ótimos, mas não vendem por falhas de comunicação.

Os dados, por outro lado, podem se mostrar tanto aliados quanto inimigos de uma campanha. Utilizá-los indiscriminadamente pode prejudicar os negócios, resultando em decisões equivocadas, ineficiência e desperdício de tempo e dinheiro. No entanto, dados bem trabalhados, que geram insights valiosos, são verdadeiros tesouros. O CMO deve habilmente empregar essas informações de forma inteligente, evitando equívocos nas decisões e desperdício de recursos. É crucial ter clareza sobre a visão e os objetivos de negócio, assim como sobre os Key KPIs que impulsionarão essas metas. Quando essa definição não está bem estabelecida, os dados tornam-se perigosos, conduzindo a decisões equivocadas, uma vez que seguimos informações que não necessariamente contribuem para o fortalecimento do negócio.

Mesmo com todas essas qualificações, o CMO do futuro não trabalha sozinho. Ele é o estrategista, mas precisa unir forças com outras pessoas para tornar o produto um sucesso. A cooperação com diferentes canais é vital em um ecossistema em constante evolução. Conectar-se e cooperar com parceiros certos faz a diferença entre atingir o consumidor no momento certo ou perder oportunidades.

Neste mundo dinâmico, onde a única constante é a necessidade de reinvenção, o CMO precisa estar preparado para o desafio de transformar visões em resultados tangíveis. O sucesso não se resume apenas a ser um comunicador criativo, mas sim à capacidade de impulsionar ativamente o crescimento do negócio. O desafio está lançado, e o CMO deve estar equipado com resiliência, inovação e uma perspectiva estratégica para superar as complexidades do caminho à frente.

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