O e-commerce AC/DC
Embora a pandemia da Covid-19 tenha impactado os hábitos das pessoas, as empresas em atuação no Brasil ainda não exploram o comércio eletrônico ao máximo
Embora a pandemia da Covid-19 tenha impactado os hábitos das pessoas, as empresas em atuação no Brasil ainda não exploram o comércio eletrônico ao máximo
A pandemia da Covid-19 impactou nossas vidas pessoais e o setor de e-commerce (Crédito: 13-phunkod-shutterstock)
O e-commerce tem crescido rapidamente nos últimos seis meses, com aumento nas transações online e demanda por serviços digitais Com a tão aguardada abertura do ProXXIma, um dos eventos mais esperados do setor, tive a oportunidade de acompanhar a palestra de Fernando Yunes, líder do Mercado Livre no Brasil, que destacou o impacto positivo da tecnologia no segmento, resultando em bilhões de reais em custos e juros.
As importações diárias de empresas do e-commerce variam entre 600 e 800 mil pacotes, principalmente da Ásia e dos Estados Unidos. Embora representem apenas 1% das transações, o momento atual ainda não é favorável, uma vez que o mercado está lidando com altas taxas de juros. No ano passado, essa questão causou um impacto de mais de R$ 1 bilhão nos resultados do Mercado Livre, mostrando o potencial de receita para o governo. No entanto, a perspectiva de Fernando é que as vendas no e-commerce retomem o crescimento à medida que a inflação desacelere, permitindo a redução dos juros e a melhoria da confiança.
A pandemia da Covid-19 impactou nossas vidas pessoais e o setor de e-commerce. A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou o fim da mergência de saúde pública em maio. O e-commerce antes e depois da Covid seguiu uma curva ascendente. Durante a pandemia, 70% dos brasileiros começaram a usar a internet, com 48% fazendo transações online (TIC Domicílios). A Associação Brasileira de Comércio Eletrônico prevê R$ 185,7 bilhões em vendas em 2023. Os investimentos de sua marca são condizentes com o tamanho do e-commerce brasileiro?.
O e-commerce depois da Covid (DC) é uma certeza de que as empresas ainda não exploram em seu potencial máximo. No primeiro semestre de 2023, o setor demonstrou expansão notável e capacidade de atender às demandas dos consumidores. Neste contexto, apresentarei tendências que moldaram a trajetória do e-commerce nesse período.
Ao analisar os indicadores do mercado, destaco o aumento do uso de dispositivos móveis para transações online. Isso inclui smartphones e tablets, que se tornaram populares devido à portabilidade e conveniência. Com o avanço tecnológico, a transação por esses dispositivos se tornou mais fácil, atraindo consumidores. Comprar no conforto de casa ou em movimento impulsionou o crescimento do e-commerce, que se tornou um player importante no setor do varejo.
As experiências de compra personalizadas também estão impulsionando vendas, já que os clientes são mais propensos a fazer uma compra quando sentem que suas necessidades estão sendo atendidas. No e-commerce competitivo, empresas estão buscando se diferenciar, os anunciantes querem aumentar a satisfação do cliente, levando a uma maior fidelidade e aumento das vendas.
A estratégia omnichannel, ou comércio híbrido, combina diferentes canais de vendas para facilitar a compra de produtos pelos clientes. Isso amplia o alcance das empresas e melhora a experiência do consumidor. Além disso, a sustentabilidade é importante, com empresas adotando abordagens sustentáveis, como logística verde (veículos elétricos, rotas otimizadas e embalagens ecológicas).
Apesar do crescimento do e-commerce, há obstáculos a serem enfrentados. O mercado está mais competitivo, exigindo serviços excepcionais, inovação e experiência personalizada para se destacar.
Em um mundo onde a moeda mais cara é a atenção do consumidor, as marcas deveriam estar presentes na jornada de seus clientes.
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