O ganha-ganha da influência no LinkedIn
Além de produzir conteúdo, é importante e desafiador mensurar a presença dos líderes em ambientes digitais
Além de produzir conteúdo, é importante e desafiador mensurar a presença dos líderes em ambientes digitais
“Tudo que precisa ser dito já foi dito. Mas, já que ninguém estava ouvindo, é preciso dizer outra vez”. Essa citação do escritor francês André Gide me fez relembrar uma conversa recente com uma cliente que se sentia “intimidada” para escrever no LinkedIn. Muitos executivos podem ter o sentimento de que nada do que publicarem na rede social será visto como relevante. Afinal, no tempo que você levou para ler este pequeno trecho, milhares de conteúdos foram publicados no LinkedIn.
Impossível, portanto, ser sempre original. Mas, se você pretende ser um líder, precisa publicar. E acredite: se seu conteúdo for embasado, coerente e pertinente, suas palavras vão tocar algumas pessoas, haverá quem se sensibilizará, quem vai achar seu conteúdo relevante. Tem espaço para todo mundo na internet.
Portanto, deixe de lado o receio inicial e a ideia intimidadora de que é preciso dizer o que ninguém disse. Abrace a citação de Austin Kleon em Roube como um Artista: 10 dicas sobre criatividade: “Toda nova ideia é apenas um mashup ou um remix de uma ou mais ideias anteriores”.
E para quê? Se você é um líder em sua empresa, entre seus colegas de trabalho, na sua área de atuação, ou qualquer que seja a sua liderança – formal ou informal -, as pessoas querem te ouvir. E a sua empresa quer e precisa que você assuma esse papel. É um ganha-ganha clássico: você ocupa seu espaço e a empresa se beneficia de sua influência. Mas, muito mais do que influência, estamos falando de credibilidade. De acordo com o LinkedIn, os inscritos na rede tendem a confiar mais em uma empresa quando seus colaboradores falam sobre ela. É algo orgânico, a partir de opiniões pessoais e vivências.
Não à toa, muitas companhias vêm estimulando seus funcionários a compartilharem experiências no LinkedIn. É uma forma de criar laços naturais e autênticos. O porta-voz é um elemento vital na estratégia de comunicação das empresas. A participação de porta-vozes é, inclusive, um dos critérios de avaliação do IQEM (Índice de Qualidade e Exposição nas Mídias), metodologia exclusiva da CDN que avalia a exposição de nossos clientes na imprensa e nas redes sociais. Há clientes que usam os resultados do IQEM como um dos critérios para definir bônus de seus executivos.
Nas redes sociais, nos canais proprietários dos executivos, o trabalho de humanização, de alavanca de uma liderança social no Linkedin tem nome: Thought Leadership. E para fazer acontecer, não bastam o talento, a experiência e a paixão do executivo. Além de deixar fluir, como disse antes, é preciso estratégia e dedicação. Costuma dar resultado. Segundo pesquisa da consultoria Gartner, estratégias de Thought Leadership estão entre os principais impulsionadores de leads qualificados. O próprio LinkedIn dá dicas sobre essa liderança inovadora aqui.
Além de produzir conteúdo, é importante e desafiador mensurar a presença dos líderes em ambientes digitais. E se tem uma coisa que aprendi nos longos anos em comunicação corporativa, é que não basta dizer aos clientes que estamos tratando de bens intangíveis para a marca, é preciso tangibilizar o intangível. Esse é o objetivo da Matriz de Maturidade Digital de líderes no LinkedIn, ferramenta proprietária da CDN, que avalia 4 pilares que você também pode usar como guia para avaliar a sua presença no LinkedIn:
• Presença: como está a construção do perfil? Segue as melhores práticas da rede? Tem umas dicas bem legais aqui (em inglês).
• Estratégia: qual é a estratégia de conteúdo adotada pelo líder para construir suas narrativas?
• Capital social: de que forma o executivo se relaciona com sua comunidade dentro da rede?
• Reputação: como o executivo se posiciona em ambientes digitais que extrapolam o LinkedIn?
Com esse roteiro em mãos será possível perceber as oportunidades e desafios para ser a tão desejada presença de referência. Mãos à obra!
Compartilhe
Veja também
Crenças e hábitos
Uma das principais conjunturas de transformação do Brasil, crescimento dos evangélicos influencia a política e o consumo, e exige atenção e representatividade nas estratégias de marketing e de comunicação das marcas
Um app para reduzir a solidão de trabalhadores remotos
Conexão digital não pode significar desconexão emocional entre as pessoas