O que está por trás do BBB: números, sucesso e influência

20 de janeiro de 2025 - 6h00

Os realities são fenômenos de audiência, de faturamento e geram muitas conversas na TV e na internet. O Big Brother Brasil, por exemplo, é hoje o programa de maior audiência no País e, desde sua estreia em 2002, tornou-se uma das principais plataformas de entretenimento, atraindo milhões de consumidores, movimentando cifras impressionantes e dominando as redes sociais.
A franquia está presente em 70 países, com mais de 500 edições realizadas ao redor do mundo. No Brasil, a nova temporada, que estreou em 13 de janeiro, já ultrapassou R$ 1 bilhão em faturamento publicitário antes mesmo de ir ao ar, com uma audiência projetada para 40 milhões de pessoas diariamente.

O Big Brother Brasil não apenas domina as redes sociais, mas também molda comportamentos digitais que se espelham em outros reality shows. Dados recentes mostram que, durante o período de exibição do programa, o BBB representa 81% de tudo o que é falado nas redes sociais sobre TV, sendo responsável por 7 dos 10 tópicos mais comentados no Twitter Brasil. Essa capacidade de criar tendências e influenciar a narrativa digital transcende o programa em si, impactando profundamente a forma como a audiência interage com o gênero. Ao longo dos anos, o BBB se tornou um catalisador de conteúdo viral, sendo pioneiro em integrar-se às dinâmicas das redes sociais e promovendo uma convergência de mídias que redefine o entretenimento.

Enquanto os participantes criam histórias e momentos que atraem o público durante o confinamento, marcas patrocinadas e não patrocinadas aproveitam o momento para lançar campanhas estrategicamente alinhadas à audiência massiva. Esse movimento vai além do engajamento: ele gera resultados concretos, incluindo o aumento nas vendas e na visibilidade das marcas. A estratégia de utilização de comunidades nativas é um dos fatores que potencializam esses resultados, conectando as marcas diretamente às conversas autênticas e espontâneas que surgem em torno do programa.

O impacto também se reflete no crescimento expressivo de popularidade dos participantes. Durante a edição de 2024, foram registradas 57 milhões de menções nas redes sociais, com os confinados alcançando uma média de crescimento de 662.681% em suas bases de seguidores. Além disso, projetos publicitários envolvendo eliminados, como o “Viu Só”, obtiveram mais de 15 milhões de impactos, mostrando que a influência do programa vai muito além de seus 100 dias de exibição.

A relevância do BBB para marcas anunciantes é igualmente impressionante. Segundo uma pesquisa da Globo, 85% das ações realizadas no programa ajudam a melhorar o conhecimento sobre as marcas patrocinadoras, enquanto 86% dos consumidores dizem considerar essas marcas para compras futuras. Além disso, o programa reforça a percepção de qualidade, com a audiência frequentemente avaliando as marcas anunciadas como superiores às concorrentes.

Não é apenas sobre memes ou “reacts” em tempo real. As páginas e comunidades digitais frequentemente são responsáveis por moldar a percepção do público sobre as situações dentro da casa, influenciando diretamente a narrativa que se desenvolve no programa. Essa influência é crucial para manter o BBB relevante e para impulsionar as marcas que sabem navegar nesse universo de maneira estratégica e autêntica.

Com mais de 20 edições, o Big Brother Brasil é um exemplo notável de como um formato televisivo pode se reinventar e permanecer relevante. Seja pelo faturamento bilionário, pelas personalidades reveladas ou pela força nas redes sociais, o programa se consolida como uma das maiores potências do entretenimento no Brasil e no mundo.

Enquanto a casa continua gerando histórias, o público seguirá acompanhando cada movimento dos confinados — e as conversas aqui continuarão a ecoar.