O que podemos aprender com smart cities internacionais?
São Paulo caminha a passos lentos para aprimorar todos seus componentes urbanos
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Muito provavelmente você já ouviu falar sobre smart cities. Em linhas gerais, trata-se de um conceito que define cidades que aplicam soluções tecnológicas para aprimorar diversos aspectos do cotidiano, como infraestrutura, mobilidade urbana, sustentabilidade, entre outras questões que impactam o dia a dia de cada morador.
Segundo o estudo “The World Population Prospects: the 2017 revision”, a população mundial deverá alcançar 8,6 bilhões em 2030. Tal dado corrobora a preocupação de todos os líderes globais em aprimorar aspectos do cotidiano, evitando problemas sociais e econômicos futuros. De acordo com dados do “Cities in Motion Index”, do IESE Business School, são nove as variáveis que indicam uma smart city, sendo Capital Humano, Coesão Social, Economia, Meio Ambiente, Governança, Planejamento Urbano, Alcance Internacional, Tecnologia e Mobilidade.
São Paulo caminha (ainda a passos lentos) para aprimorar todos esses componentes. Por isso é tão importante olharmos para cidades já mais avançadas, em todo o mundo, para nos inspirarmos e conseguirmos adaptar as melhores práticas por aqui.
Um bom exemplo é Songdo (Coreia do Sul), onde seus edifícios são conectados a sistemas de monitoramento de energia e alarmes de incêndio. Além disso, aplicam um sistema localizado em todos os apartamentos, destinando todos os resíduos diretamente à central de coleta de lixo, reduzindo drasticamente o volume de caminhões nas ruas.
Outro bom exemplo é Barcelona (Espanha). Além de também investir na gestão de resíduos nos pontos de coleta, há toda uma estrutura para reaproveitamento de materiais recicláveis e orgânicos, sendo esse último transformado em combustível para geração de eletricidade.
Para se ter uma ideia, em Dubai (Emirados Árabes Unidos) aplica-se um sistema de monitoramento de motoristas de ônibus, por meio de inteligência artificial, reduzindo acidentes provocados por fadiga. Em Oslo (Noruega), há o amplo uso de sensores de controle de iluminação, aquecimento e resfriamento, tendo eles a meta de diminuir as emissões em até 95% até 2030. Além disso, possuem mais de 2 mil estações de carregamentos de veículos elétricos.
Diante deste cenário, é impossível não pensar na comunicação enquanto as smart cities avançam e conquistam soluções inovadoras. Antes de mais nada, é preciso entender os problemas de grandes centros urbanos com quem os sente. O diálogo com a comunidade inteira, que é a principal interessada no desenvolvimento de espaços urbanos mais inteligentes, deve ser claro e constante. Dessa forma, o desenvolvimento de tecnologia deve conversar com moradores e agentes importantes dos espaços com quem faz parte desse ecossistema.
O conceito “City Marketing” vem justamente para ressignificar espaços urbanos através de uma série de estratégias, táticas e operações, que servem para ampliar a imagem positiva de qualquer cidade. Além de contribuir para a reputação de uma cidade, é possível estar alinhado com a comunidade para que tudo seja pensado para que, no futuro, todos tenham qualidade de vida.
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