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Para onde o metaverso vai nos levar

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Opinião

Para onde o metaverso vai nos levar

Uma marca não precisa ter seu próprio metaverso para estar presente nessa nova era e nem deve ser a última a aprender sobre ela


9 de fevereiro de 2023 - 16h00

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Uma startup de São Paulo está criando uma cidade inteira no metaverso com o objetivo de atrair pequenas empresas.(Crédito: Shutterstock)

 

Todo o potencial do vasto universo do metaverso ainda é um terreno desconhecido para muita gente. O conceito de um ambiente online onde é possível replicar cenários, objetos e experiências reais no formato virtual abre um leque de possibilidades inimagináveis para todos os setores até poucos anos atrás.

Várias marcas já têm reproduzido a experiência das lojas físicas no ambiente virtual, tudo com o intuito de oferecer uma melhor experiência de compra para o consumidor e ampliar as possibilidades de vendas. Mais do que nunca as possibilidades do digital se expandem e alcançam o varejo mas também o ambiente corporativo.

A marca de bebidas, Ambev, realizou um processo seletivo para estagiários no metaverso, ampliando o envolvimento dos candidatos que puderam participar de maneira remota de cidades diferentes. Um escritório de advocacia substituiu as videochamadas com os clientes por interações no metaverso. O objetivo do grupo era transmitir a mensagem de que eles já estavam no futuro e qualquer novo parceiro seria levado para lá também.

Há também uma tendência de avatarização no ambiente corporativo. Em reuniões virtuais onde nem todos se sentem confortáveis em abrir a câmera, a solução do Teams foi oferecer avatares para seus usuários.

Um estudo global realizado pelo Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos (IEEE) apontou as principais tendências tecnológicas e o impacto que terão em 2023. Dentre as tecnologias citadas na pesquisa, as mais importantes foram o 5G, com 66% e o metaverso, com 62%. Além disso, 91% dos entrevistados afirmaram que suas empresas já estão utilizando o metaverso entre seus funcionários.

Apesar de o metaverso estar se popularizando, esse ainda é um investimento alto que assusta os donos de pequenos negócios. O que poucos sabem é que existem alternativas, que se usadas de maneira inteligente e intencional, podem sim estar ao alcance de todos.

O primeiro ponto importante de se levantar na discussão desse tema é que uma marca não precisa ter seu próprio metaverso para estar presente nessa nova era e nem deve ser a última a aprender sobre o metaverso. Existem formatos de ativações de marcas para todos os tamanhos de empresa, desde a anúncios e conteúdo patrocinado a parceria com influenciadores virtuais.

Uma startup de São Paulo está criando uma cidade inteira no metaverso com o objetivo de atrair pequenas empresas. Eles alugam terrenos virtuais para esse segmento próximos a imóveis virtuais com grande visibilidade. Mas é claro que antes de embarcar nessa jornada é preciso ter uma estratégia de presença de marca em ambientes realmente relevantes para o público-alvo do negócio em questão.

Do outro lado, estão os profissionais que fazem tudo isso acontecer. Para dar conta do metaverso, é necessário mais trabalhadores qualificados em um mercado que vive essa escassez. Existe uma previsão do Gartner que indica que até 2024, 80% dos produtos e serviços tecnológicos serão construídos por pessoas que não são profissionais de tecnologia. Já existem cursos, inclusive gratuitos e oferecidos por Amazon e Meta, pensando na preparação desse profissional.

As possibilidades são inúmeras. O que não se deve fazer é ignorar a tendência como algo distante da realidade, pelo contrário. É importante analisar e estudar as maneiras mais eficientes de usar todas as novas ferramentas disponíveis de maneira estratégica, sempre alinhada ao objetivo do profissional ou negócio e avançar com passos certeiros, mas devidamente calculados.

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