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Opinião

Para onde vai a minha marca sem a Meta?

Mudanças impostas por Zuckerberg podem representar para as marcas perda de controle da narrativa, dificuldade para alcançar o público e menos espaço para seu conteúdo


13 de janeiro de 2025 - 18h19

Mark Zuckerberg é o assunto do momento desde o anúncio do fim do programa de fact checking nas redes sociais da Meta — Instagram e Facebook, em particular —, seguindo os passos do X (Twitter) de Elon Musk. Os debates são muitos, inclusive sobre o posicionamento do Ministério Público Federal e as possíveis ações governamentais relacionadas à mudança.

Enquanto estamos no meio do furacão, é difícil saber para onde olhar, mas uma coisa é certa: marcas de todos os tipos usam os serviços da Meta diariamente, especialmente no que diz respeito às estratégias de marketing. Por isso, o importante agora é considerar os impactos que essa novidade traz para a sua empresa.

Afinal, trata-se de um evento histórico. Sem as ferramentas de checagem de fatos, o trabalho de informar se determinado conteúdo é falso ou não fica para a comunidade. A imensa quantidade de posts em circulação pelas redes já dificulta esse trabalho, para não falar em vieses e possíveis grupos espalhando fake news propositalmente.

Na prática, isso pode significar três coisas:

1. Sua marca perde o controle da narrativa. Pode ser mais difícil administrar como sua empresa é percebida online, o que a torna mais vulnerável a ataques e campanhas de desinformação.

2. Dificuldade em alcançar o público. Não é improvável que surja um clima maior de desconfiança, fazendo os usuários duvidarem das informações presentes nas plataformas. Isso tende a diminuir o engajamento e, consequentemente, o alcance das publicações das marcas.

3. Menos espaço para o seu conteúdo. Mais liberdade para publicações, independente de sua veracidade, pode trazer um aumento significativo de volume de conteúdo, assim como os debates em cima deles. Com isso, as timelines ficam mais “ocupadas” com essas pautas que geram alto engajamento e fica mais difícil exibir seu post para os usuários.

Isso tudo, claro, supondo que a Meta continue a atuar no Brasil exatamente como prometido. Caso existam rejeições do MPF às novas diretrizes e alguma chance de um novo bloqueio, como o que aconteceu com o X, essa é ainda outra preocupação para as marcas. Milhares de reais circulam todos os dias na forma de anúncios e impulsionamentos, e campanhas inteiras seriam perdidas nesse cenário.

Ainda não é possível saber as chances de que algo assim aconteça. A situação com Musk foi bastante particular e não envolvia as notas da comunidade, que é a ferramenta sendo adotada agora pela Meta. Portanto, não há razão concreta para perder a cabeça.

Ainda assim, as mudanças que virão com a nova alteração nas redes não podem ser evitadas. De uma forma ou de outra, as coisas serão diferentes. Então não é exatamente uma má ideia pensar em um plano B ou C…

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