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Paris 2024: A zoeira never ends?

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Opinião

Paris 2024: A zoeira never ends?

Diante do “bloqueio” das marcas ao Japão nas redes sociais, qual deveria ser o papel das marcas no esporte


30 de julho de 2024 - 16h04

Nos últimos dias, o Japão se tornou uma pedra no sapato dos brasileiros. Isso porque nos Jogos Olímpicos Paris 2024 tivemos alguns confrontos diretos com os asiáticos e, na maioria dos casos, não tivemos sucesso.

Foi assim no skate, no judô, rugby e até no futebol feminino.

Com isso, algumas marcas entraram na brincadeira e “bloquearam” o perfil oficial do comitê japonês nas principais redes.

A zoeira faz parte da essência do brasileiro. Acho sadio esse tipo de brincadeira, mas, nesse caso, o buraco é bem mais embaixo. Afinal, há um problema estrutural gigantesco e me pergunto, de que forma as marcas que estão brincando com essa situação estão contribuindo para esse abismo diminuir?

É responsabilidade delas? Não, não é.

Mas, certamente, elas podem contribuir e muito para o desenvolvimento do esporte brasileiro. Não tenho expectativa nos nossos governantes, então, se não for pelo viés privado, não evoluiremos como potência olímpica.

Quando abri a Alob, comecei a me conectar com outras modalidades além do futebol e fiquei estarrecido com o quão é barato o investimento em esportes olímpicos.

Esporte é vida, saúde, respeito, forma caráter e desenvolve pessoas. Além disso, cria uma relação de identificação entre jovens e seus ídolos.

O mercado publicitário pulsa por grandes campanhas, olha cada vez mais por conversão e engajamento, mas será que não há espaço para uma campanha a longo prazo?

Investir na estrutura e no suporte de uma determinada modalidade, e fazer um trabalho de impacto social e esportivo. Patrocinar atletas, criar ações de ativação daquele esporte, promover clínicas nas escolas e vilas olímpicas, enfim, desenvolver um trabalho macro de desenvolvimento daquela modalidade, não visando apenas um ciclo olímpico, mas sim três ou quatro.

E, assim, ao invés de participar de zoeiras momentâneas, vermos daqui a alguns anos materiais como: “Mercado Livre mudou a história da Natação brasileira” ou “Guaraná Antarctica ganha destaque ao desenvolver o Tiro com Arco no Brasil”.

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