Pilha no Brinquedo #21: Triple bottom line
Não é novo, mas parece. Conseguir, genuinamente, implementar e medir uma ação é que parece novidade.
Não é novo, mas parece. Conseguir, genuinamente, implementar e medir uma ação é que parece novidade.
Triplo Bottom Line, surgiu no final da década de 1990, numa derivação de “bottom line”, ou última linha, na medição de resultados financeiros corporativos. Uma forma de ampliar a perspectiva de resultados puramente econômicos da empresa, em sua perpetuidade e contribuição. Digo, “perpetuidade estratégica”, traduzida na vontade de participar de um futuro amplamente sustentável.
Podemos dizer que seja algo que gere impacto propositalmente bom. Se é proposital, deve ser planejado e incorporado com eficiência medida, indo além dos aspectos econômicos – considerando os sociais e ambientais como fundamentos desta equação. Porém nem tudo são flores. Os custos iniciais elevados das práticas sustentáveis e a dificuldade de alinhar os interesses dos diversos stakeholders, podem comprometer a viabilidade de incorporamos o conceito e a atitude nessa direção.
A meu ver deveria tangenciar o ciclo de vida de qualquer produto ou negócio, desde sua concepção – considerando a amplitude de suas dimensões e impactos financeiros. A busca pela sustentabilidade poderia ser uma das forças motrizes para impulsionar a inovação em produtos, serviços e modelos de negócios.
É um ‘repensar’ o presente. O presente-futuro próximo deveria ser de um consumo compartilhado e consciente, da economia circular, de cadeia, de gestão, de modelo de negócio com valor intrínseco. Beneficiando empresa e sociedade, de dentro para fora. Utópico? Em alguns casos tem sido mandatório e parte da governança vigente.
Sabemos que as empresas que adotam práticas do Triple Bottom Line são mais bem vistas. Mas não adianta só sair bem na foto. Tem que ser de verdade. Apesar dos desafios e da complexidade, é preciso aumentar a consciência e responsabilidade.
Sim, responsabilidade. Tirar a subjetividade, o achismo ou a autopromoção, e saber o que é relevante, e o que mexe o ponteiro nessa equação de “três” pilares. Sem green ou social washing amigos. Com isto, o resultado seria operações mais estáveis, menos suscetíveis.
Honestamente, penso que não vai ter muita saída, pois quem não fizer, comprometerá atratividade de operações e arriscará a gestão de riscos iminentes (para os nossos filhos e netos – para doer na carne), e na viabilidade a longo prazo dos negócios.
Quer saber mais?
https://brasil.un.org/pt-br/sdgs
Leia os outros textos da série:
Pilha no brinquedo # 1: Now, New, Next
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Pilha no brinquedo #3: “Cultura líquida” & engajamento
Pilha no brinquedo #4: “Right to Win”: quais as habilidades-chave?
Pilha no brinquedo #5: Frame Mental > Diagramas e Formatos
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