Assinar

Pilha no Brinquedo #7: Flywheel – A roda de tração

Buscar

Pilha no Brinquedo #7: Flywheel – A roda de tração

Buscar
Publicidade
Opinião

Pilha no Brinquedo #7: Flywheel – A roda de tração

Tirando a nostalgia, o fato pitoresco me fez refletir sobre um conceito que tem pairado nas nossas discussões de “transformações e engajamento” nos negócios


25 de junho de 2024 - 12h37

Recentemente, fui para o interior de São Paulo e, durante o trajeto, me deparei com uma carroça na qual um casal passeava à minha frente. Trânsito diferente esse! Dá até saudades dos velhos tempos.

Tirando a nostalgia, o fato pitoresco me fez refletir sobre um conceito que tem pairado nas nossas discussões de “transformações e engajamento” nos negócios. Mas, onde está o gancho desta reflexão? Está na observação da roda da carroça.

Já viu como a roda funciona? E mais… Já ouviu falar do modelo Flywheel? Também chamada de “roda de inércia” ou “roda de inércia rotativa “, a Flywheel é uma peça de uma engrenagem que gera a força motriz para algo se mover. É um dispositivo mecânico usado para armazenar e liberar energia cinética, girando suavemente sobre um eixo central, assim como uma roda de carroça. Precisa de impulso e intenção, para que a energia cinética seja ativada, e mova o objeto.

Uma transformação corporativa é como imaginar uma roda enorme e pesada e que, para pô-la em movimento, sejam necessários vários empurrões. O que vale o paralelo é que comumente esse impulso inicial é mantido e amplificado ao longo do tempo, impulsionando o crescimento sustentável desse movimento. O princípio é que a partir do momento que a roda de tração ganha movimento, e que se insiste nos empurrões, as leis da física tornam-se sua aliada, e o impulso e o atrito contribuem para se ganhe cada vez mais velocidade. 

Em vez de depender de esforços isolados ou de estratégias fragmentadas, o flywheel representa um compromisso com a excelência contínua. É como se essa força motriz promovesse etapas interligadas, criando um impulso duradouro que as levasse ao crescimento sustentável e à vantagem competitiva a longo prazo. Qual tem sido o nosso flywheel nas nossas empresas ou nos nossos negócios? Já pensou sobre isso?

Estudo da McKinsey diz quenas empresas que utilizam o modelo flywheel apresentaram resultados expressivos. E linca também essa ideia com as ações de marketing e os grupos sociais. Ou seja, em cada interação e participação dos consumidores adicionaríamos um “momentum” ao flywheel, contribuindo para o “empurrão” para gerar crescimento da comunidade e do negócio. Ao facilitar transações on e offline, estaríamos impulsionando o engajamento. Neste princípio, as marcas que integram esses elementos com práticas ágeis e tecnologia de marketing eficaz geram uma dinâmica de crescimento acelerado.

O conceito tem sido ampliado e associado também aos “ciclos de feedback” de equipes ágeis. Ao estimular essas equipes através de pequenos feedbacks para os sprint, geraríamos novos estímulos de tração, mantendo-os energizados e com novos impulsos.

Vale lembrar, que, assim como na carroça, os cavalos de potência são de verdade, semelhante a  uma corporação, ou qualquer interação com consumidores. Afinal, somos parte da energia e potência da engrenagem.

Quer saber mais?

https://www.mckinsey.com/capabilities/growth-marketing-and-sales/our-insights/a-better-way-to-build-a-brand-the-community-flywheel

Leia os outros textos da série: 

Pilha no brinquedo # 1: Now, New, Next

Pilha no brinquedo #2: Educated guess 

Pilha no brinquedo #3: “Cultura líquida” & engajamento

Pilha no brinquedo #4: “Right to Win”: quais as habilidades-chave?

Pilha no brinquedo #5: Frame Mental > Diagramas e Formatos

Pilha no Brinquedo #6: O peixe no espelho ou o despertar das percepções

Publicidade

Compartilhe

Veja também

  • Além do like

    O papel estratégico da área jurídica na relação entre marcas e influenciadores

  • A consciência é sua

    A consciência é sua

    Como anda o pacto que as maiores agências do País firmaram para aumentar a contratação de profissionais negros e criar ambientes corporativos mais inclusivos?