Por um novo normal mais sustentável
Expectativa é de que as empresas apoiem e fortaleçam suas relações comerciais antigas ou próximas
Expectativa é de que as empresas apoiem e fortaleçam suas relações comerciais antigas ou próximas
Ainda que muito necessário o isolamento social, muito também me preocupa a saúde econômica mundial, principalmente, em uma economia imediatista como a do povo brasileiro. Como citou Kevin Sneador, um dos sócios da McKinsey, “a Covid-19 não é apenas uma crise de saúde de imensa proporção – é também uma reestruturação iminente da economia global”. Em outras palavras: menos dinheiro circulando na economia.
Fato é que crises geram mudanças, um impacto na vida das pessoas e das empresas. Economicamente falando, a indústria da comunicação sofre duras consequências desse impacto no momento. Por outro lado, ganhou uma enorme relevância, pois mais do que nunca a comunicação se transformou no maior elo entre as pessoas, seja em que indústria elas estejam. Comunicação interna é mais do que nunca essencial nas empresas; o marketing digital virou um must para que as marcas consigam fazer alguma diferença; e as plataformas digitais são hoje nossas “salas de reuniões”.
A grande aposta vem sendo o investimento em tecnologia. Mas as empresas têm que ser mais socialmente responsáveis e trazer como valor o consumo consciente em todas as indústrias, pois sem isso a sobrevivência será bastante penosa. A transformação deve ser com a agilidade de uma startup – onde errar é permitido, mas corrigir deve ser imediato.
A economia colaborativa é vital neste momento: precisamos trabalhar com mais parcerias, pois dessa união de forças dependerá a sustentabilidade dos negócios, viável para todos. O processo de mudança inicia na cultura. A decisão de olharmos mais para as relações de consciência social, neste momento em que todos estão mais sensíveis com a vida, certamente vai refletir em melhores condições comerciais.
Mas como será esse ecossistema de mudanças e novos comportamentos quando o pico da pandemia for superado? Ainda é cedo para se dizer o que realmente vai mudar; a expectativa é de que as empresas apoiem e fortaleçam suas relações comerciais antigas ou próximas. Mas, nós, brasileiros, precisamos ser menos imediatistas e pensar no futuro, e este não existe sem planejamento. Pensarmos na sustentabilidade dos negócios e em suas cadeias; sermos mais conscientes com a nossa atuação e no que isso gera, com a ciência de que, além do impacto ambiental, existe o social. A cadeia produtiva não pode ser ocultada dos nossos olhos. Isso precisa mudar e essa mudança será o “novo normal”.
*Crédito da foto no topo: iStock
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