Precisamos falar sobre Inteligência Artificial
A AI chega ao marketing não só para analisar dados, mas produzir conteúdo inteligente e assertivo
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Esqueça o que você viu nos filmes de Steven Spielberg sobre robôs com sentimentos, roubando nossos corações e empregos, ou então destruindo a humanidade. A Inteligência Artificial (AI, na sigla em inglês) não é mais coisa do futuro, ela já está entre nós há algum tempo. Largamente utilizada em Wall Street, onde 60% das transações financeiras processadas na NYSE e na Nasdaq são decididas por algoritmos, e na área da medicina, a AI agora chega à comunicação e ao marketing.
Quando você conversa com a Siri, perguntando sobre como está o tempo ou onde deveria jantar, isso é inteligência artificial. Quando a Netflix te indica exatamente o tipo de filme ou série que você quer assistir, também. Graças ao seu famoso algoritmo, 75% do que as pessoas assistem na Netflix foi sugerido a elas pela plataforma. O incrível reconhecimento facial do Facebook nas fotos? Isso aí, inteligência artificial.
De maneira simplificada, inteligência artificial nada mais é do que a ciência de tornar uma máquina inteligente, e algoritmo é o conjunto de instruções dadas a essa máquina para que ela saiba o que fazer. Ou seja, AI é quando uma máquina processa e analisa dados de maneira mais rápida e eficiente do que o cérebro humano seria capaz. E como isso afeta o marketing?
Para serem assertivos os profissionais de marketing precisam analisar dezenas de métricas: social media; web analytics; e-mail; e-commerce; aplicativos móveis; remarketing; propaganda, etc… e depois de processar os dados, ter insights e criar estratégias de conteúdo. Mas o cérebro humano é limitado em relação ao processamento de dados e suscetível a falhas. Por outro lado, os algoritmos têm uma habilidade quase infinita de processamento de dados, entrega de previsões, recomendações e até mesmo de criação conteúdo.
Isso mesmo, além das ferramentas de automação de marketing a que já estamos acostumados no Brasil, usadas para distribuição de newsletter, nutrição e qualificação de leads, fluxo de campanhas dinâmicas, criação de formulários e landing pages (e muito mais), já atuam no mercado ferramentas que criam conteúdo. Chamadas de Natural Language Generation (máquinas de criar conteúdo), essas plataformas prometem aproveitar da melhor maneira os dados gerados por todas as mídias utilizadas pela empresa, usando as melhores keywords, eliminando erros humanos e engajando mais.
Não há motivo para preocupações, os profissionais de marketing não serão substituídos, só terão a oportunidade de ser mais estratégicos, afinal, essas máquinas são orientadas por seres humanos e é preciso saber onde e como aplicar os dados e o conteúdo gerado por elas. É como se deixássemos o “trabalho braçal” com as máquinas. A IBM, empresa que já atua na área de Natural Language Genaration e possui quase 500 patentes na área de AI, afirma que estamos saindo da era digital para entrar na área cognitiva.
Para o diretor de tecnologia da IBM, a tecnologia cognitiva nasceu para estender e amplificar a inteligência humana e não para substituí-la. Paul Roetzer, CEO da PR 20/20, agência de inbound marketing de Cleveland que foi a primeira parceira HubSpot, acrescenta que a AI ao invés de apenas simplificar tarefas manuais, adiciona uma camada de cognição à automação de marketing e expande a capacidade dos profissionais de processar dados, identificar padrões, prever resultados e, assim, construir estratégias de conteúdo cada vez mais inteligentes.
Quer saber mais? Confira algumas empresas que já atuam na área de Natural Language Generation:
Automated Insights, Persado, 6sense, Narrative Science, Scripted e Scoop It.
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