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Opinião

Prepare-se já para trabalhar com a IA Humana

Além dos avanços tecnológicos e científicos, a tecnologia evoluirá ainda mais em habilidades que têm muito a ver com a indústria do marketing e da comunicação


27 de janeiro de 2025 - 6h00

“Máquinas são péssimas em serem máquinas”
Ethan Mollick

Você vai trabalhar lado a lado com a Inteligência Artificial (IA) Humana o tempo todo, de agora em diante. E ela com você.

O avanço da IA torna-a cada dia mais humana.

Ou mais humanamente inteligente, se preferir. Dá no mesmo e é igualmente relevante. Quem sabe, também, igualmente preocupante.

Como ela vem sendo e seguirá sendo treinada em vastos repositórios de conhecimento humano, passará a ser cada vez mais familiarizada com o nosso jeitão sapiens de ser.

Ela conhece profundamente nossa história. Conhece de biologia, filosofia, sociologia e psicologia. Muito mais que nós. Entende hoje já perfeitamente nossos arquétipos. Conversa e responde a eles. Sabe quem você é e a resposta que dá a você é diferente da que dá a mim, diante da mesma pergunta.

Além dos avanços tecnológicos e científicos, que serão exponenciais e vão mudar tudo, ela vai evoluir ainda mais em habilidades que têm muito a ver com a indústria do marketing e da comunicação.

Desde 2020, a IA adquiriu uma capacidade notável de analisar, manipular e gerar linguagem por meio de palavras, sons, imagens ou símbolos de código.

A IA generativa é a ponta mais aparente dessa evolução cognitiva. E os Agents sua mais ativa expressão.
Agents (ou agentes) são programas de inteligência artificial autônomos baseados em machine learning capazes de realizar tarefas complexas, tomar decisões e interagir com o ambiente de forma independente, muitas vezes com pouca ou nenhuma intervenção humana.

Podem operar de forma independente, interagem com humanos de forma personalizada, aprendem continuamente com a experiência, realizam e automatizam uma ampla gama de tarefas, desde serviços até produção criativa, como composição musical ou design.

A IA é, hoje, capaz de contar histórias, compor músicas, criar imagens, produzir vídeos e arte em geral. Até mesmo escrever, sem interferência humana, seu próprio código.

O que eu gostaria muito que você entendesse, juro que nada por mim (eu já entendi), mas por você, é que versões cientificamente cada vez mais avançadas da criatividade, imaginação, originalidade, sensibilidade e empatia vão se constituir em novos algoritmos embedados nos sistemas e serão realidade cotidiana que devidamente percebidas, recebidas e incorporadas levarão a avanços hoje inimagináveis.

Você pode ser um desses avanços inimagináveis.

O professor norte-americano Ethan Mollick desenvolveu a melhor e mais avançada teoria a esse respeito até hoje. Sintetizou-a no livro Co-Intelligence – Living and Working with AI. Por favor, confie em mim, você precisa ler.

Ethan Mollick é professor associado na Wharton School da Universidade da Pensilvânia, onde atua como Ralph J. Roberts Distinguished Faculty Scholar e Rowan Fellow. Ele também é co-diretor do Generative AI Labs na Wharton.

Tem PhD e MBA pelo MIT Sloan School of Management e bacharelado pela Universidade de Harvard.
Sua pesquisa concentra-se nos efeitos da inteligência artificial no trabalho, empreendedorismo e educação.

O livro foi best-seller do New York Times e reconhecido como um dos melhores livros do ano de 2023 pela The Economist e pelo Financial Times.

Leia porque é brilhante.

Seu conceito de co-intelligence é bem simples: já que é inevitável e, incrementalmente, iremos mesmo ter que conviver e trabalhar com as máquinas, pois que criemos códigos para o melhor convívio já, não apenas para aproveitar ao máximo as enormes vantagens e benefícios dessa interação cada dia mais próxima e embedada, como também para evitar que mais e mais as máquinas ocupem nossos espaços inadvertidamente.

O subtítulo do livro é claro: vivendo e trabalhando com IA.

Portanto, abra a cabeça, prepare-se para isso, treine, aprenda, se capacite. Se ignorar, for contra, resistir … perdeu.

Para Mollick, “à medida que a inteligência artificial se prolifera, usuários que compreenderem intimamente as nuances, limitações e capacidades das ferramentas de IA estarão em uma posição única para desbloquear o potencial inovador completo da IA”.

Para ser bem prático, ele criou quatro regras/dicas:

1. Convide a IA para a mesa: Experimente usá-la em diferentes tarefas, mesmo que os resultados sejam variados. Isso ajuda a entender como a IA pode ajudar, ameaçar ou transformar seu trabalho.

2. Seja o humano no loop: A IA funciona melhor com a supervisão humana. Mesmo com a evolução das IAs, será essencial permanecer no controle de suas decisões.

3. Trate a IA como uma pessoa (mas diga que tipo de “pessoa” ela é): Apesar de a IA não ter consciência, atribuímos características humanas a ela. Isso cria familiaridade, mas pode gerar confusão sobre seus verdadeiros limites.

4. Assuma que a IA atual é a pior que você usará: A IA está em constante evolução. As versões atuais são apenas o ponto de partida de um futuro mais avançado.

Nada difícil, tudo urgente e vital.

Trate a IA como gostaria que ela te tratasse. Ela vai te agradecer. Você também.

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