Presta atenção!
Numa sociedade à qual se aplica até o termo “infoxicação”, o recurso da atenção é cada vez mais escasso
Numa sociedade à qual se aplica até o termo “infoxicação”, o recurso da atenção é cada vez mais escasso
Ei, você… me dá uns ‘segundinhos’ da sua atenção, por gentileza??! Ufa… obrigada.
O foco aqui não é a gestão do tempo, mas a disponibilidade de atenção – um recurso escasso.
Recentemente, vi um post interessante sobre “infoxicação”. Confesso que fiquei intrigada com como gerenciar o meu FOMO (fear of missing out) em meio a tanto estímulo que recebo diariamente.
Já dizia Herbert Simon, Prêmio Nobel em 1971, que há uma dualidade: “A riqueza de informação cria uma pobreza de atenção”. Importante ressaltar que menciono a “Atenção” como a disponibilidade mental, que reflete a habilidade de lembrarmos de algo a que fomos influenciados – tanto pela familiaridade quanto pela repetição da exposição. Parece elementar e/ou essencial para diversas funções cognitivas, incluindo aprendizado, memória e tomada de decisão. Sem atenção, não há engajamento, nem conexão real.
O assunto tem sido discutido em larga escala por nós, profissionais de marketing, mídia e comunicação, e muitas disciplinas correlacionadas, como psicologia, economia comportamental e neurociência.
Fala-se em “economia da atenção”, já que existe uma complexidade e profundidade no tema. O fato é que, hoje, há uma comprovada fragmentação da atenção. Não é algo binário, como um simples sim/não; há nuances. Mas como? Os estímulos podem ser captados de diversas formas pelos nossos sentidos, além de variar em duração, intensidade etc.
Isso tem feito muitos anunciantes e veículos se reinventarem de forma criativa. Plataformas imersivas, TV Conectada (CTV) & Flexível, Broadcast Video on Demand (BVOD) estão emergindo. E mais: estamos sendo desafiados pelas métricas tradicionais, já que impacto e eficiência estão em xeque-mate.
Na minha infância, havia poucos botões na TV, e aguardávamos ansiosos pelo horário da novela, pois não havia repetição. Se perdesse o capítulo, ficava por fora do assunto.
Hoje, conteúdo e forma estão sendo desafiados de forma síncrona e à velocidade da luz. Não dá mais para prender a atenção numa ‘gaiolinha’, e vamos ter que ‘roubar no jogo’ com muito esforço e consistência no conteúdo.
Precisamos estar “atentos” para adaptar e flexibilizar, senão será impossível captar a atenção ativa que irá influenciar as decisões dos consumidores. E digo mais: se não prestou atenção, anota. Pois esta questão vai cair na prova.
Vale conferir!
• Globo+Forebrain/ Media Science
• https://www.meioemensagem.com.br/marketing/coty-aplica-neurociencia-ao-desenvolvimento-de-produtos
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