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Com sentimentos de esperança e otimismo, incerteza e ansiedade, profissionais jovens e seniores encaram o futuro do trabalho cientes de que haverá menos estabilidade e mais concorrência


6 de janeiro de 2020 - 9h55

(Crédito: Stocksnap/ Pixabay)

As reformas nas leis trabalhistas e de previdência pública ocuparam lugar de protagonismo na agenda recente dos poderes executivo e legislativo no Brasil, e geraram controvérsias sobre seus efeitos econômicos e sociais. As mudanças implementadas tornam ainda mais complexo o debate sobre o futuro do trabalho, constantemente impactado pela evolução tecnológica, pela adoção de novos modelos operacionais no mundo corporativo e pelo aumento na expectativa de vida da população.

Meio & Mensagem começa o ano de 2020 sintonizado com os sentimentos provocados pelo tema em gerações jovens e maduras. Estreia nesta semana o projeto especial Futuro do Trabalho, que será publicado em quatro capítulos nas edições de janeiro e em quatro episódios em vídeo. Seu planejamento começou no início do segundo semestre de 2019 e uniu a redação a diversos parceiros externos, liderados pelos consultores Cintia Gonçalves e Diego Selistre. A mesma dupla já havia trabalhado com Meio & Mensagem no ano anterior no projeto Líderes do Futuro, publicado na primeira edição de 2019 e também complementado por uma série em vídeo. Nos dois casos, foram realizados grupos de discussão qualitativos e pesquisas online quantitativas para embasar o conteúdo editorial.

Diferentemente do estudo anterior, que ouviu universitários, estagiários e assistentes de publicidade, o especial Futuro do Trabalho ampliou a coleta de dados para profissionais de diversas áreas de atuação e de duas faixas etárias, as chamadas gerações Z (entre 18 e 25 anos) e X (entre 40 e 60 anos), sendo que, neste segundo caso, divididos em dois grupos: os que acabaram de passar por uma transição de carreira e os que se mantêm estáveis há mais de dez anos atuando na mesma área.

Com o objetivo de avaliar pontos de complementaridade e de atrito, o levantamento tem conclusões interessantes. Na parte qualitativa é possível notar que para ambas gerações a primeira associação feita pelas pessoas ao trabalho é relacionada ao dinheiro, à necessidade do salário para a sobrevivência. Já na etapa quantitativa, realizada pelo Instituto Qualibest, que ouviu 428 pessoas em dezembro, os sentimentos mais associados ao futuro do trabalho são curiosidade, esperança e otimismo, ladeados por incerteza, preocupação e ansiedade. Para complementar o estudo, a plataforma de crowdsourcing Kaxola propôs um desafio aceito espontaneamente por mais de 100 usuários que contribuíram com insights sobre o tema por meio de imagens, desenhos e frases.

O equilíbrio na equação dinheiro e prazer continuará sendo perseguido no futuro, entretanto, com menos estabilidade e mais concorrência. Independentemente da idade, manter-se no mercado de trabalho exigirá preparo e postura diferentes dos que garantiram o sucesso profissional até aqui. Mercados mutantes desafiam até mesmo quem está há muitos anos na mesma função e empresa, mas precisa de adaptação e treinamento aos constantes processos de transformação.

Como eles são inexoráveis, um dos difíceis desafios que se impõe a trabalhadores e empresas é o de aumentar o engajamento das pessoas às suas atividades profissionais, gerando ambientes mais saudáveis, mesmo em tempos de aumento da informalidade.

A jornalista Karina Balan Julio, envolvida no projeto desde o início, adicionou à pesquisa proprietária de Meio & Mensagem outros dados e entrevistou consultores, empresários e executivos para incrementar o conteúdo editorial, analisando a convivência das diferentes gerações no mesmo ambiente profissional, a evolução nas relações de trabalho, as competências e profissões emergentes e a importância do equilíbrio mental no contexto de pressões crescentes.

*Crédito da foto no topo: Lukas/Pexels

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