Quem assina contrato não é um CNPJ, mas sempre um CPF
Porque você deve investir na sua marca pessoal e ser ativo no LinkedIn
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Já parou para pensar o quanto sua marca pessoal pode impactar sua marca institucional?
Fiz uma análise dos perfis no LinkedIn dos CEOs das 10 marcas mais valiosas do Brasil, segundo o ranking da Interbrand, e descobri que nada menos que seis são Top Voices, incluindo os cinco primeiros. Das Top 25, nove têm o selo concedido pelos editores às vozes mais ativas na rede social profissional.
Outro dado, este da Edelman Trust Barometer: posts de colaboradores engajam até oito vezes mais do que os das páginas das empresas. Organizações como Itaú, Nestlé, Pepsico, Unilever e Petrobras já implementaram programas para treinar seus times a produzir conteúdo para o LinkedIn para incentivá-los a se tornarem embaixadores e disseminarem a cultura das organizações na rede e promover a marca empregadora.
Impulsionar a presença no LinkedIn se tornou uma tendência seguida não só por c-levels, mas por qualquer profissional em busca de desenvolvimento de carreira e empreendedores focados em alavancar seus negócios.
Com 75 milhões de usuários, o Brasil é o terceiro maior mercado da rede e, como pontua Rafael Kato, head editorial na América Latina e Espanha, “o conteúdo é o novo curriculum”, fazendo do LinkedIn o principal motor de tração para quem está em busca de recolocação, o primeiro emprego, um sócio, investidor ou seja lá qual for sua meta para acelerar seus objetivos profissionais.
Quer exemplos?
Estão na rede 237 mil enfermeiros, 140 mil mecânicos, 140 mil garçons, 25 mil maquiadores e ao menos 500 palhaços. Se quiser contratar um Papai Noel para sua festa de Natal que está logo aí, experimente buscar na rede e encontrará por lá alguns bons velhinhos.
Muita gente me pergunta como gerar real impacto no In. A maioria imagina que basta ter um perfil bem estruturado e postar com frequência, o que é, sim, essencial. Mas este é apenas o primeiro passo. O que realmente converte leads em novos negócios ou oportunidades profissionais é a ativação das suas conexões.
Costumo fazer uma analogia com uma grande festa. O conteúdo é o passaporte, o convite para o happy hour. Mas se você será chamado ou não ao camarote dependerá do seu comportamento social.
Se ficar sentadinho no sofá sem falar com ninguém ou conversar apenas com seu cercadinho, com as pessoas que você já conhece ou trabalha, é mais provável que irá voltar para casa sem nenhum novo contato que poderá virar a chave da sua empresa ou da sua carreira.
Qual seria então o pontapé inicial para ter um perfil de sucesso no LinkedIn?
Comece entendendo sua persona digital em um processo de autoconhecimento. Ela é quem guia o tom dos conteúdos criados e a forma de interação com os outros usuários – combinação que dá corda ao alcance almejado.
Ao construir uma persona digital, é fundamental captar a essência de quem você é, quais são seus talentos e quais conhecimentos pode compartilhar com seus pares online. Feito isso, o próximo passo é pesquisar e se atualizar constantemente sobre sua área de atuação, trazendo conteúdos cada vez mais ricos e com alto potencial de engajamento para sua rede. E na medida que seus posts geram conexões, procure ampliar sua rede de contatos.
Como me disse Cristiano Santos, especialista em marketing pessoal, “não se torne refém dos likes”. O importante, no final do dia, não é quantidade de reações, mas o quanto seu conteúdo está conversando com sua audiência e construindo oportunidades concretas para você ou seu negócio.
Vou deixar algumas recomendações para você avançar na sua expedição rumo ao fortalecimento da sua marca pessoal e do seu networking no LinkedIn.
Invista na apresentação
Faz toda a diferença ter uma foto de perfil profissional, com fundo neutro e de preferência sorrindo, para transmitir uma postura mais acessível. Hoje, há softwares gratuitos que analisam se a foto escolhida está adequada e tem uma boa pontuação. É importante também incluir uma imagem de capa que traduza sua persona e área de atuação, o que facilita a compreensão do contexto em que o perfil está inserido.
Ainda entre os recursos de apresentação, uma boa pedida é explorar todas as seções do perfil, sem deixar espaços não preenchidos ou vagos. O campo ‘Sobre’, por exemplo, deve ser um espaço mais humanizado, em primeira pessoa, e não como se fosse seu currículo. É um local para as pessoas te conhecerem, saberem quem você é e do que você gosta, para que consigam se identificar com seu perfil. O mesmo vale para o campo ‘Experiências’, em que é preciso detalhar as ações exercidas em cada uma das empresas que passou.
Estruture um bom storytelling
Em geral, as pessoas buscam se conectar com aqueles que admiram e que compartilham dos mesmos pensamentos e valores. Isso pode ser aproveitado para engajar o público nas redes sociais por meio de um storytelling bem desenvolvido. Histórias pessoais, experiências e aprendizados são algumas narrativas que aproximam as pessoas no LinkedIn.
O que precisamos buscar é aproximar a “persona digital” de outros perfis com os quais tenha afinidade, seja profissional ou pessoal. É na timeline das redes sociais, com likes, comentários e compartilhamentos, que influenciamos, somos influenciados e praticamos uma comunicação Human to Human, ou seja, de pessoa para pessoa.
Mantenha um ritmo de postagens
Manter um ritmo regular de publicações e comprometer-se com um padrão semanal traz resultados melhores do que reservar apenas um dia para dar atenção à rede, por exemplo. Uma recorrência de três ou quatro dias traz mais alcance para um perfil do que uma explosão diária de posts seguida de um período de silêncio. Se tiver possibilidade, adie novas postagens se a recente ainda estiver ganhando um envolvimento significativo.
No entanto, isso não quer dizer que deve-se esquecer da qualidade dos textos. Já que o algoritmo retém uma memória do desempenho das últimas dez a quinze postagens, uma série de posts com baixo engajamento pode levar a rede a limitar a visibilidade de suas futuras publicações.
Cultive conexões
Marcar pessoas estratégicas nas publicações, fazer recomendações de competências daqueles que conhece e participar de artigos colaborativos são formas de aquecer a dinâmica de conexões e ampliar a audiência de um perfil no LinkedIn.
Isso quer dizer que não basta escrever, é preciso promover, distribuir e ampliar o conteúdo. Sempre que a publicação demandar, marque as pessoas que participam daquilo que está divulgando.
Mesmo sendo online, encare como uma ação que você muito provavelmente faria presencialmente: circule, se apresente, converse, troque, dialogue, experimente e, por fim, convide as pessoas para fazer parte da sua rede. Além de ampliar sua audiência, você dá atenção àqueles que já se interessam pelo que compartilha.
Entenda o valor dos comentários
Por último, mas não menos importante, está a dedicação em responder aos comentários recebidos em seus posts, assim como em comentar em publicações que sejam de seu interesse ou conhecimento. Isso porque o algoritmo do LinkedIn favorece discussões intensas. Anote aí: interagir com cinco a dez postagens das conexões aumenta o alcance de um post próprio em 15%.
Todas as redes sociais são ferramentas para conexão entre pessoas, mas o LinkedIn, em especial, preza por interações, debates e demais ações que promovem a troca entre os usuários. Além de divertido e prazeroso, é um recurso que potencializa seus próprios objetivos.
Segundo pesquisa recente realizada pelo LinkedIn, comunicação (77%) e criação de relacionamentos (72%) são as principais competências interpessoais que recrutadores buscarão nos próximos cinco anos e que são amplamente desenvolvidas no dia a dia na plataforma. Outras competências, como capacidade de adaptação (63%), resolução de problemas (62%) e pensamento crítico (61%) aparecem na sequência.
Fica a dica: não deixe para amanhã a marca pessoal que você pode fortalecer hoje. Afinal, como costuma repetir como um mantra, quem assina contrato não é um CNPJ, mas sempre um CPF.
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