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Opinião

Quer ter uma empresa inovadora? Comece por você!

Se mudar o seu comportamento já é difícil, imagine mudar o comportamento de corporações inteiras?


3 de agosto de 2018 - 9h00

 

O segredo para cultura forte e inovadora não faz sentido se a maneira de pensar (mindset) não for diferente (crédito: Vojtech Okenka/Pexels)

Muitos profissionais falam sobre cultura, inovação, métodos ágeis, etc. Tudo isso é essencial, mas não é o começo para ter uma empresa inovadora. O segredo para cultura forte e inovadora não faz sentido se a maneira de pensar (mindset) não for diferente. É aí que a porca torce o rabo. Se mudar o seu comportamento já é difícil, imagine mudar o comportamento de corporações inteiras?

Desde 2016, mergulhei no mundo da inovação. Nanodegree sobre o assunto, festivais de inovação no Brasil e no exterior e uma especialização em DT (Design Thinking) para o currículo. Lembro que, antes de me especializar sobre o assunto, tinha a mesma curiosidade que a maioria das pessoas têm quando escutam a expressão “Design Thinking”: o que é isso? Se até para nativos da língua inglesa existe essa dificuldade, imagine para nós brazucas?

Ao falarmos em design, imediatamente pensamos em formato/forma. Mas já pararam para pensar que “to design”, vem do verbo planejar? Bons professores são aqueles que, após alguns anos, seus ensinamentos são lembrados. E foi o Caio Vassão – Arquiteto e urbanista, um cara genial – quem me ensinou isso. No inglês, a tradução literal geralmente dá lugar para uma interpretação mais coloquial e, pensando desta forma, a expressão: ‘Design Thinking’ pode ser definida como: entender para resolver.

Posto isso, vou me estender a compreensão de outras palavras que não conseguimos fugir quando falamos sobre o assunto, como por exemplo: empatia, colaboração e experimentação. Estes termos são os pilares do Design Thinking e existe uma questão interessante que faz todo sentido.

Muitos amigos CMOs, diretores de marketing, presidentes de empresas que já conversaram comigo sobre o tema, me questionam muito: “mas no marketing nós também testamos e trabalhamos em colaboração…” Sim. É verdade. Mas estes pontos são poucos explorados, não estão explícitos nas teorias de marketing. Ou seja, é dado pouca importância e, nos dias de hoje, onde a velocidade das mudanças é absurdamente rápida, faz toda a diferença mergulhar mais a fundo na valorização da empatia, na colaboração e na experimentação.

Com métodos e ferramentas tão ágeis que o Design Thinking traz, os resultados serão melhores, mais rápidos e mais humanizados. E é neste ponto que queria chegar, afinal, este é o tema deste artigo – trocar o mindset para ter uma empresa inovadora.

Rever suas atitudes já é um ótimo começo. Tente se adequar ao perfil do profissional inovador: aquele que ouve; observa; pergunta; experimenta; soma e agrega. Aquele profissional que tem como foco principal as pessoas, sejam elas clientes ou parceiros de trabalho, e não foca apenas nos KPI’s (key performance indicator). Aquele profissional que dá mais valor para o KBI’s (key behavior indicators). Não sabe o que é ou nunca ouviu falar sobre KBI? No próximo texto falo mais sobre este tema. Até lá.

*Crédito da foto no topo: Pixabay/Pexels

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