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Silvio Santos e o esporte

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Opinião

Silvio Santos e o esporte

Filho de judeus gregos, ele era o próprio Rei David contra o Golias e, certamente, influenciou outros players do mercado


29 de agosto de 2024 - 10h00

Perdemos Silvio Santos, o maior comunicador da nossa geração. Cada um de nós tem inúmeras lembranças das atrações dominicais. Podemos falar do Show de CalourosPorta da EsperançaRoletrandoTopa Tudo por DinheiroQual é a MúsicaShow do Milhão, dentre outros.

Sua relação com o esporte também foi marcante: na década de 70, com o nome TVS, transmitiu o jogo de despedida de Pelé pelo New York Cosmos versus Santos. Conseguiu 20 pontos de audiência, algo memorável na época.

Graças ao Silvio, assistimos a importantes competições como Fórmula Indy, Champions League, Europa League, Conference League, Copa do Brasil, Copa Sul-Americana e Copa do Nordeste.

Brincamos com o “Amarelinho”, uma mascote em formato de bolinha na Copa de 1990. Comemoramos juntos o tetra na Copa do Mundo de 1994 e sofremos na Copa de 1998.

Vimos as medalhas de ouro do vôlei de praia e vela, a prata do basquete feminino e os bronzes do judô, vela, futebol masculino, vela e natação na Olimpíada de Atlanta em 1996.

Criou ainda uma competição dos clubes brasileiros que haviam conquistado a Copa Intercontinental ao longo da história: Santos, Flamengo, Grêmio e São Paulo.

Em 1995, comprou os direitos da Copa do Brasil, cuja final entre Grêmio e Corinthians gerou média 42 pontos de audiência e pico de 54, incomodando demais a Rede Globo.

Falando nisso, a emissora carioca nesta época, detinha os direitos esportivos mais importantes do Brasil, mas ele estava sempre olhando e beliscando boas oportunidades. Silvio, filho de judeus gregos, era o próprio Rei David contra o Golias. Certamente, influenciou outros players do mercado, tanto da tevê aberta como, fechada e streaming a participarem das concorrências pelos direitos esportivos. E nós, fãs de esporte, ganhamos muito com isso.

Os corinthianos devem lembrar das marcas do Banco Panamericano, TeleSena e Baú da Felicidade patrocinando o Timão. E certamente cantaram a marchinha criada por Silvio: “Ah doutor, eu não me engano, meu coração é corinthiano.”

E a sacada do presidente do Vasco, Eurico Miranda, ao colocar o logo do SBT na camisa do clube durante a final da Copa João Havelange de 2000, para se vingar da Rede Globo?

Nos divertimos ainda com o “Gol Show”, onde havia uma simulação de disputa de pênaltis, com a participação inclusive de goleiros profissionais como Zetti e Chilavert.

Ah, Silvio, obrigado por tanto. Certamente, os domingos no céu serão mais animados com a sua chegada.

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