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Talento não tem idade

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Opinião

Talento não tem idade

Diversidade geracional, que soma atitudes mais guiadas pela crença em propósitos das novas gerações com experiência e equilíbrio de profissionais maduros, produz ganhos a empresas e marcas


31 de maio de 2021 - 13h17

(Crédito: Reprodução)

Talento é a principal matéria-prima da indústria de comunicação, marketing e mídia. É, não apenas o combustível da criatividade — qualidade essencial para abordagens vencedoras —, mas de toda a engrenagem que se move — e só evolui — graças ao talento de estrategistas, planejadores, negociadores, vendedores e tantas outras atividades. Com reportagens especiais publicadas nesta e na próxima semana, Meio & Mensagem lança a primeira edição do projeto Talento.

O conteúdo inicial aborda impactos das transformações da indústria no desenvolvimento das carreiras e na atração e retenção de profissionais pelas empresas, dinâmicas afetadas pela nova geração de profissionais que entrou no mercado de trabalho nos últimos anos. Valorizaram-se a atitude e as competências socioemocionais — em alguns casos, até mais do que as habilidades técnicas. Por um lado, as empresas estão mais flexíveis e respeitam mais os diferentes traços identitários. Por outro, os jovens mesclam conceitos modificados pelo tempo, como o de carreiras sustentáveis, com anseios tradicionais, entre eles a busca por estabilidade, como mostram os textos, pesquisas e entrevistas publicados na edição semanal.

Para além das reportagens nas edições semanais, o projeto Talento é uma iniciativa multimídia consolidada em uma plataforma digital (talento.meioemensagem.com.br). Contemplará, nos próximos meses, conteúdo em vídeo e em podcast. E culminará, em agosto, com a publicação da lista 30 Under 30, com jovens talentos de potencial para impactar as transformações da indústria.

É a terceira vez que Meio & Mensagem consolida essa seleção — as versões anteriores foram publicadas em 2008 e 2013. Alguns dos selecionados nessas edições passadas serão protagonistas da série Mentoria Express, produzida especificamente para as redes sociais, com estreia na segunda semana de junho e dez episódios, um por semana. Os convidados darão orientações baseadas nas experiências em suas áreas de atuação, dirigidas a jovens profissionais em início de carreira. Os vídeos poderão ser acompanhados no Stories do Instagram, no Facebook, no LinkedIn e no Fleets, do Twitter.

As redes sociais são um campo vasto — mas também minado — para a expressão e a prospecção de novos talentos, e ajudaram a transformar nos últimos anos os processos de seleção de pessoas. Tanto que, no encalço do espaço crescente ocupado pelo LinkedIn, o TikTok testa atualmente um serviço de recrutamento e currículos em vídeo para aproximar empresas e profissionais.

A versão 2021 da lista 30 Under 30 seguirá critérios editoriais, irá considerar nascidos a partir de 1991, será norteada pelo objetivo de retratar a amplitude do setor, com suas várias ramificações de negócios, a diversidade de perfis profissionais que nele atuam e se baseará em consultas que a redação fará ao mercado.

Seleções assim têm o mérito de reconhecer potenciais, mas também há riscos de estigmatizar carreiras que estão apenas começando. Além disso, ao enaltecer profissionais de até 30 anos, não se pode alimentar o etarismo. Ainda mais em uma indústria que precisa de experiência, conhecimento, equilíbrio e de melhores conexões com o público maduro, fatia muito relevante como audiência e como consumidora, como salienta o artigo de Mario D´Andrea, presidente da Associação Brasileira de Agências de Publicidade (Abap).

A convivência entre os dois extremos enriquece os talentos de ambos, e a diversidade geracional contribui para estratégias e ações menos erráticas, e gera ganhos para empresas e marcas.

*Crédito da foto no topo: Oleg Magni/Pexels

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