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Opinião

Transformação digital: criando pontes para os novos cenários

Mas toda a inteligência não fará sentido se, junto, não acolher; teremos a responsabilidade de sermos mais afetuosos nesta fase


8 de junho de 2020 - 11h14

(Crédito: Invincible Bulldog/ iStock)

O cenário que estamos enfrentando nos últimos meses acelerou a transformação digital de uma forma geral. O que até então vinha sendo adotado aos poucos, em fases, pelas empresas e pessoas, passou a ser parte essencial da vida de todos. Tenho percebido que aumenta a responsabilidade dos profissionais dessa área porque há uma expectativa, meio generalizada, de que são essas pessoas que vão dar a fórmula mágica para todas as incertezas com as quais estamos lidando.

Não há dúvidas de que seremos cada vez mais conectados. No entanto, neste momento, precisamos entender que a transformação digital vai além do uso de tecnologias: ela é a ponte, o elo de conexão e aproximação com o consumidor. E estamos percebendo que a solução vem de um conjunto de habilidades de diferentes áreas — são elas que, juntas, poderão responder sobre esse presente. E, ao mesmo tempo, continuar pensando sobre esse, também, novo futuro.

É um contexto bem diferente do que se previa. Muita gente tem falado sobre o ‘novo normal’, em que as empresas estão sendo obrigadas a repensar desde processos até portfólio para estarem ainda mais próximas de toda a cadeia. Nunca se viu uma corrida tão grande para a digitalização de processos, negócios, serviços! Mas não basta só transportar seus produtos e serviços para o e-commerce. É preciso uma transformação com visão holística, acessível e compartilhada por todos os públicos — sejam colaboradores, fornecedores, parceiros de negócios ou consumidores, de acordo com as especificidades de cada um deles.

A digitalização das coisas, nesse mundo online no qual estamos vivendo, faz com que tenhamos mais velocidade para entender o consumidor e, inclusive, mais responsabilidade para entrar em sua casa, pedindo licença para entender como nossas marcas estão sendo consumidas também de uma maneira diferente.

Ao mesmo tempo, a tecnologia preditiva, traduzindo a inteligência de dados, permite identificar as necessidades dos consumidores antecipadamente. O que muda, agora, é que toda a inteligência não fará sentido se, junto, não acolher. Teremos a responsabilidade de sermos mais afetuosos nessa transformação.

Nos últimos meses, nosso time de transformação digital identificou algumas dessas novas necessidades e criou rapidamente modelos digitais para atender parceiros, como os pequenos negócios de cafeterias e confeitarias, e nos permitiu nos conectar a eles de diferentes formas: apoiando-os a entrarem no mundo digital e, em outra frente, agilizando parcerias de fomento para os estabelecimentos em um período de vulnerabilidade econômica.

Neste momento em que aprendemos que as marcas precisam ser mais do que apenas produtos e precisam também entregar valor às pessoas, é importante pensar a transformação digital como a forma de atender a um propósito maior, contribuindo para a sociedade brasileira e criando as pontes necessárias para termos novos modelos de negócios, serviços e experiências.

*Crédito da foto no topo: iStock

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