Assinar

Um Brady pra chamar de seu

Buscar
Publicidade
Opinião

Um Brady pra chamar de seu

Você tem que se preparar para sua chegada, fazer concessões e estar disposto a todo tipo de sacrifício rumo às grandes conquistas


5 de fevereiro de 2021 - 15h57

Tom Brady (crédito: Dylan Buell/GettyImages)

Quer saber quanto vale um líder? Mas não qualquer líder… Um daqueles que todos querem ser. Daqueles que toda empresa quer ter. Daqueles que comprovam que a junção de experiência, esforço e foco sempre levam para um mesmo lugar: conquistas. Então, faça um favor a si mesmo. Assista o Super Bowl deste domingo, 7!

“Mas, Flávio… Eu não gosto de futebol americano…”. Não tem problema. Nem eu! Não sou fã da NFL, nunca joguei futebol americano, sequer sei todas as suas regras. Mas, apesar desse desinteresse, esse esporte tem uma coisa que sempre me chamou muita atenção: como um jogo tão coletivo pode ter um personagem tão decisivo como o quarterback? (são 22 titulares, divididos em 2 equipes de 11: ataque e defesa)

Comparando com outros esportes “menos coletivos”, no futebol, o chamado Camisa 10 está em extinção; a França, última campeã mundial, levou a Copa sem “ele”. Na NBA, o Lakers de Lebron James, atual campeão, na temporada anterior sequer foi aos Playoffs, sem Anthony Davis como “co-piloto” da equipe.

Não à toa, neste Super Bowl, teremos dois grandes líderes em campo: Mahomes vs Brady. Dois dos melhores quarterbacks da história, comprovando o peso desta posição, mostrando que esse jogador vai muito além de um líder técnico e escancarando que Tom Brady vai muito além de um quarterback.

Pelo Wikipedia, liderança é “a habilidade de motivar, influenciar, inspirar e comandar um grupo de pessoas a fim de atingir objetivos”. Nesta definição, falta uma característica que possivelmente é a mais importante para um grande líder: apontar o caminho. Líderes tem uma capacidade única de ver o que os outros não veem. E Brady viu o que os outros não viram.

Aos 43 anos, depois de seis títulos da NFL e inúmeros recordes no esporte, ele resolve, pela primeira vez em sua carreira, depois de 20 anos, mudar de ares e ir para um time de “segunda linha”. Obviamente, as expectativas eram baixas… Mesmo após sua chegada, o Tampa Bay Buccaneers era apenas a quinta escolha nas casas de aposta. Era fato consumado que os Bucs não iriam longe. Mas, como diria Nelson Rodrigues, “Pior para os fatos!”.

O que Brady viu ali vai muito além dos US$ 30 milhões e um maravilhoso destino para sua aposentadoria… Um super talento como esse não é movido a dinheiro, é movido a desafios e recompensas, além de garantias de que terá condições de realizar o que planeja.

O que Brady viu ali foi uma empresa com um propósito claro, a formação de uma equipe talentosa e ambiciosa, autonomia para trabalhar, espaço para opinar e uma estratégia com foco em resultados, baseada em muita meritocracia: ele tem metas individuais e coletivos super agressivas, mas muito claras e factíveis*.

Ou seja, um Brady não cai do céu e muito menos embarca em um projeto no qual não acredita. Então, antes de querer ter um Brady, você tem que se preparar para sua chegada, fazer concessões e estar disposto a todo tipo de sacrifício rumo às grandes conquistas.

E aí? Você está pronto para ter um Brady pra chamar de seu?

**Crédito da imagem no topo: Reprodução

Publicidade

Compartilhe

Veja também

  • Além do like

    O papel estratégico da área jurídica na relação entre marcas e influenciadores

  • A consciência é sua

    A consciência é sua

    Como anda o pacto que as maiores agências do País firmaram para aumentar a contratação de profissionais negros e criar ambientes corporativos mais inclusivos?