Violência cometida por Rubiales: qual é a ligação com a sua marca?
Assim como atitudes tóxicas podem prosperar no campo esportivo, elas podem igualmente infiltrar-se nas corporações, corroendo os valores de respeito e equidade
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O incidente recente protagonizado por Luis Rubiales, presidente da confederação espanhola de futebol, durante a cerimônia de premiação da Copa do Mundo de Futebol Feminino, ecoa como um alerta contundente sobre a persistência da violência e do machismo nas mais diversas esferas da sociedade. Esse evento não apenas mancha a celebração de uma conquista esportiva, mas também joga luz sobre o modo insidioso pelo qual tais atitudes tóxicas podem penetrar e arraigar-se nas instituições, empresas e, por extensão, na própria sociedade.
O beijo forçado protagonizado por Rubiales na jogadora da seleção de futebol espanhola, Jenni Hermoso, não é apenas uma ação isolada; é uma expressão visível de uma cultura de domínio e desrespeito. Da mesma forma que esse gesto de poder desafia a vontade da mulher, as instituições e empresas muitas vezes perpetuam, mesmo que de forma menos óbvia, a marginalização e a desvalorização das vozes femininas. Esse ato repulsivo destaca como comportamentos misóginos encontram brechas nas estruturas, corrompendo a busca por igualdade.
O reflexo do incidente de Rubiales na cultura empresarial é inegável. Assim como atitudes tóxicas podem prosperar no campo esportivo, elas podem igualmente infiltrar-se nas corporações, corroendo os valores de respeito e equidade. Quando a violência e o machismo são varridos para debaixo do tapete, o resultado é uma cultura corporativa que tolera silenciosamente comportamentos prejudiciais. Semelhante ao que vimos nesse incidente, empresas podem acabar por transmitir mensagens implícitas de que a dignidade das mulheres é negociável.
A resposta indignada a esse incidente deve ser canalizada para impulsionar mudanças estruturais. A sociedade precisa de instituições e empresas que rejeitem inequivocamente a normalização da violência e do machismo. A mudança começa com a adoção de políticas rigorosas de igualdade de gênero, estabelecimento de processos transparentes de denúncia e criação de ambientes onde a segurança das vítimas seja priorizada. Tal como a condenação do incidente serve como um alerta, também deve servir como um chamado à ação.
Assim como os olhos do mundo se voltaram para o incidente de Rubiales, a sociedade precisa redirecionar o olhar para as mulheres, suas vozes e experiências. As instituições, empresas, marcas e a sociedade como um todo devem romper os padrões de poder desequilibrado. A verdadeira igualdade somente será alcançada quando os espaços, sejam eles esportivos, corporativos ou sociais, criarem políticas internas sobre o tema dando-lhe a sua verdadeira importância.
A violência cometida por Luis Rubiales é um grito de alerta e indignação que ecoa além do campo esportivo, atravessando as barreiras das instituições, empresas e da própria sociedade. Ele destaca a urgente necessidade de uma transformação profunda e duradoura, que desafia a cultura de violência e machismo enraizada. A sociedade precisa impulsionar uma mudança que empodere, respeite e eleve as vozes femininas, rejeitando firmemente qualquer gesto de dominação e desrespeito. Somente assim poderemos pavimentar um caminho rumo a um futuro onde o respeito e equidade prevaleçam.
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