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Opinião

Você está preparado para o varejo sob medida?

Campanhas promocionais personalizadas, desenvolvidas a partir de dados reais de consumo e do conhecimento do comportamento dos clientes, são a nova tendência do mercado


28 de março de 2018 - 17h58

O mundo muda muito mais rapidamente do que somos capazes de absorver. Se essa já é uma realidade para as pessoas, torna-se ainda mais dramática para empresas e instituições. As escolas, por exemplo, têm uma dificuldade cada vez maior de engajar seus alunos justamente por estarem presas a uma estrutura que já não se conecta com os Millennials: impossível fazer com que uma geração hiperconectada e com baixíssimo índice de atenção se mantenha atenta a um monólogo de 45 minutos de um professor sobre um assunto aparentemente sem conexão com o cotidiano.

Para as empresas, obter uma conexão relevante com os consumidores tem sido cada vez mais difícil. Além do aumento de opções que competem pelo tempo dos clientes, os hábitos de consumo têm se tornado mais difusos, uma vez que os perfis de público têm sido menos definidos por questões geográficas e demográficas, e muito mais por comportamentos determinados por valores e propósito.

Campanhas promocionais bespoke, desenvolvidas a partir do poder dos dados, geram engajamento, entregam valor ao cliente e dão retorno sobre o investimento do varejo e da indústria

Para lidar com esse cenário mais nebuloso, empresas inovadoras têm investido em tecnologia para dar suporte aos negócios. Nesse processo, estão criando o que tem sido chamado de “bespoke retail”, ou o varejo sob medida: o cliente compra como quer, onde quer, o produto que deseja e que é apresentado a ele segundo seus interesses. A Amazon foi uma das pioneiras, ao desenvolver páginas online que são 100% customizadas, efetivamente criando uma loja diferente para cada consumidor. O varejo online adotou esse paradigma e, agora, é a vez das lojas físicas.

A integração entre online e offline abre grandes possibilidades de personalização. Se na década passada se falava em clusters de clientes, hoje falamos em identificar clientes individualmente. O desenvolvimento tecnológico e a popularização dos smartphones deram novas oportunidades à individualização, agora desenvolvida de forma digital.

Por meio de aplicativos, os clientes cadastrados recebem ofertas relacionadas a seus hábitos de consumo e, conforme utilizam o sistema, mais assertivas são as sugestões recebidas. Clientes que consomem com mais frequência acabam percebendo que a loja realmente os conhece, pois os produtos apresentados fazem sentido para suas vidas.

Um benefício adicional desse tipo de abordagem é a possibilidade de oferecer preços diferentes para clientes diferentes, recompensando aqueles que são mais fieis à marca sem fazer com que os consumidores ocasionais sintam que são “de segunda classe”. Para a indústria, as promoções se tornam muito mais direcionadas, alcançando efetivamente clientes que estão no target. Nada de carne para um vegetariano, por exemplo.

Campanhas promocionais bespoke, desenvolvidas a partir do poder dos dados, geram engajamento, entregam valor ao cliente e dão retorno sobre o investimento do varejo e da indústria. A utilização de ciência do consumo dá às empresas a possibilidade de desenvolver ações com objetivos diferentes para cada público: para uns, aumentar a frequência de consumo; para outros, fazê-los conhecer a categoria; para um terceiro, buscar a migração para uma determinada marca. Essa abordagem gera leads mais qualificados, aumenta a taxa de conversão e aumenta o valor das marcas junto aos clientes.

 

*Créditos da imagem no topo: ViewApart/iStock

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