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Opinião

Web Summit 2023, enfim conectada ao que importa

Resgatar o papel da Web Summit como um lugar de ligação e conversa é mais urgente do que nunca


14 de novembro de 2023 - 16h48

A maior conferência de tecnologia do planeta inicia mais uma edição, desta vez cercada de incertezas, polêmicas e delicadas posições em meio a nova ordem mundial que os tempos difíceis vem nos impondo.

A Web Summit sempre foi um milestone para pensadores e executores preocupados com os futuros que nos acercam, nos dando a possibilidade de desenharmos nossos próprios futuros. Apesar de ser um evento criado por seu fundador, ganhou característica de um lugar de todos, e muito do que temos hoje teve sua conversa iniciada de forma ampla e democrática, nos palcos e cadeiras da conferência. A Web Summit se tornou maior que os pensamentos de seu fundador, e atingiu um status de seu conteúdo ser o assunto e não ela em si.

Porém, declarações polêmicas em tempos complicados ganharam mais proporção do que a necessidade de discutirmos “um presente onde a tecnologia está interligada em todos os aspectos das nossas vidas, e um futuro onde a tecnologia representa a nossa maior esperança” como disse a nova CEO da Web Summit, Katherine Maher, que felizmente conseguiu mudar o foco da conversa e aqui estamos preparados e ansiosos para discutir, aprender e nos conectarmos com quem de fato quer a construção de futuros melhores.

Como não poderia ser diferente, o assunto principal da conferência aponta para ser a “não novidade”, mas tão falada atualmente, inteligência artificial. Porém, como se propõe deste o inicio, a conversa não será sobre mais um aplicativo engraçadinho ou um uso perigoso da tecnologia, e sim a base fundamental dela, sua regulação, suas aplicações de fato e como será um mundo onde ela será inerente a tudo. É difícil imaginar qualquer produto ou serviço no futuro que não tenha a tecnologia de aprendizado de máquina como base, por isso é necessário entrarmos todos nesta conversa.

A Web Summit 2023 surge com algumas novidades que ganharam pouca visibilidade em meio as discussões mas que dizem muito sobre o futuro, e isso se reflete nas novas trilhas da conferência. AI Academy trazendo a inteligência artificial como ferramenta para desenvolvedores, a Audio Waves para discutir o papel do áudio nas estratégias, Click & Mortar, sobre o futuro do varejo que se torna cada vez mais execucional no online e experiencia no físico merecendo uma trilha específica depois de tantos anos, assim como a urgência energética na trilha Energy, uma trilha exclusiva para autos e rebots denominada Machine e por fim, porém que aparenta ser o foco a Policy Makers para discutir uso e regulações, não somente através do poder público mas sobretudo da própria indústria para as novas tecnologias.

O evento não apresenta ou destaca nenhum keynote ou nome vendedor e mostra querer voltar as suas raízes e o objetivo: de reunir pessoas inovadoras, investidores, decisores políticos, pensadores, líderes empresariais e todos aqueles que moldarão o mundo de amanhã. E a nossa participação nesta conversa é o grande diferencial.

Estaremos em Lisboa, liderando a Missão do Institute for Tomorrow em parceria com a Abedesign e apoio da VidMob, que reúne mais de 30 profissionais de alto nível, promovendo conversas inspiradoras e podendo trazer a vocês aquilo que chamo de democratizar o privilégio que temos de estar presentes em eventos como esse.

Desenhar futuros é um desafio inclusivo, para muitos, e queremos todos juntos nesta missão, pois tenho certeza de que ele pode ser incrível, como desenharmos, depende só de nós e do nosso primeiro passo amanhã.

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