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Opinião

Web Summit 2024: um marco para mulheres na tecnologia

Apesar dos avanços, a inclusão de mulheres continua sendo um campo de batalha contra preconceitos de gênero e disparidades salariais


3 de maio de 2024 - 14h29

Em um cenário envolvido por mentes brilhantes, executivos renomados, startupeiros, investidores do mundo todo e curiosos, o Rio de Janeiro recebeu, pela segunda vez, um dos eventos mais significativos no cenário tecnológico global: o Web Summit. Os quatro dias de evento concentraram figuras importantes do mundo da tecnologia, incluindo um número recorde de mulheres, o que reflete uma mudança notável no ecossistema de startups e na indústria da Inteligência Artificial (IA).

A edição carioca do evento foi mais do que um evento de tecnologia; foi um símbolo de progresso para a inclusão feminina no campo da IA e da tecnologia em geral. À medida que mais mulheres lideram e fundam empresas, a forma como a IA é desenvolvida, ensinada e aplicada nos ambientes corporativos continuará a evoluir, garantindo que a tecnologia beneficie uma gama mais ampla de pessoas.

E não falo de uma percepção, mas de fatos: das startups presentes, 45% são fundadas por mulheres. Um marco que mostra um testemunho do crescente empoderamento das mulheres no setor de tecnologia. Com isso, a participação feminina não foi apenas para promover a igualdade de gênero, mas também para incorporar perspectivas diversas na criação e aplicação de tecnologias de IA durante as palestras e rodas de conversa. As mulheres, ao trazerem suas experiências únicas e visões inclusivas, estão ajudando a moldar uma IA mais ética e abrangente, que considera as nuances humanas mais amplas em seu desenvolvimento.

O aumento da participação feminina tem implicações diretas para a educação em IA dentro dos ambientes corporativos. Empresas lideradas ou fundadas por mulheres tendem a adotar abordagens mais holísticas e inclusivas, essenciais para o treinamento de algoritmos de IA. Além disso, estas lideranças promovem ambientes de trabalho mais colaborativos e menos hierárquicos, o que é propício para o compartilhamento de conhecimento e para uma educação corporativa mais eficaz.

Desafios e Oportunidades

Apesar dos avanços, ainda existem desafios significativos. A inclusão de mulheres em tecnologia e IA continua sendo um campo de batalha contra preconceitos de gênero e disparidades salariais. A representação de mulheres em tecnologia no Brasil, assim como em muitos outros países, ainda mostra uma disparidade significativa quando comparada a de homens.

Estudos e pesquisas recentes indicam que as mulheres ainda são minoria no setor Tech. De acordo com o estudo “Panorama Mulheres na Tecnologia”, realizado pela PretaLab, as mulheres representam cerca de 20% da força de trabalho no setor de tecnologia no Brasil. No entanto, eventos como o Web Summit servem como plataforma para destacar e combater essas questões, promovendo um futuro mais inclusivo. Mulheres que participam de eventos como o Web Summit e que estão à frente de startups inovadoras contribuem significativamente para esse processo de democratização. Elas não só utilizam essas ferramentas em seus empreendimentos, mas também inspiram outras profissionais a fazer o mesmo, ampliando o alcance da tecnologia.

Essa mudança não só é benéfica para as mulheres na tecnologia, mas também para a sociedade como um todo, à medida que avançamos para um futuro onde a IA é tão diversificada quanto a população que ela serve.

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