Adriana Barbosa

A palavra ancestralidade assume dois postos importantes: o profissional e o familiar. Responsável pela criação do PretaHub — que originou o Festival Feira Preta, Afrolab, Pretas Potências, AfroHub, da consultoria Conversando a Gente Se Aprende e do Fundo Social ÉdiTodos —, deixa claro o quão essencial é a recuperação histórica que faz para acelerar empreendimentos de outras pessoas pretas.
Natural da capital paulista, Adriana, que é formada em gestão de eventos e pós-graduada em gestão cultural, teve como seu primeiro empreendimento um brechó, criado em 2002, quando estava desempregada. Para conseguir se manter financeiramente, resolveu vender roupas que não usava mais junto à amiga Deise Moyses, que comercializava pastéis em feiras de rua e mercados. Depois de visitarem várias feiras, as duas decidiram criar uma própria, voltada à estética e cultura negra no bairro da Vila Madalena, em São Paulo. Com 40 expositores e cerca de 7 mil visitantes, o projeto cresceu e, em 2021, completa 20 anos de história como o maior evento de cultura e empreendedorismo negro da América Latina. Com essa bagagem, Adriana quer que sua filha Clara, de oito anos, saiba que ela vem de um lugar de realeza, de conhecimento, com a ancestralidade atrelada às tecnologias pretas

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