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Em direção à interseccionalidade de lideranças inclusivas
Mondelēz Brasil planeja ter 35% das posições de liderança da companhia ocupadas por pessoas negras até 2030, com foco especialmente voltado para as mulheres
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Mondelēz Brasil planeja ter 35% das posições de liderança da companhia ocupadas por pessoas negras até 2030, com foco especialmente voltado para as mulheres
Em seu perfil no LinkedIn, a advogada Daniela Nascimento se apresenta como “uma mulher preta e periférica chegando a espaços que não estavam esperando por ela”. A profissional avalia que sua carreira teve um salto de cinco anos, pelo menos, desde que começou a atuar na área jurídica do programa de trainee da Mondelēz Brasil. “Ter o reconhecimento do meu trabalho, desenvolver a minha carreira e contribuir com as iniciativas para a promoção da igualdade racial no ambiente corporativo são alavancas para que eu e outras profissionais ocupemos ainda mais esses lugares”, afirma.
Dentro de sua estratégia de atuação, a líder de snacks e detentora de marcas como Oreo, Bis, Lacta, Trident, Tang e Club Social tem como compromisso o avanço da equidade racial. Atualmente, a empresa conta com uma representatividade de 40% de profissionais pretos e pardos. Além disso, já foi atingida a meta de 35% de representatividade nos cargos administrativos, estabelecida para 2023.
Uma das fundadoras do Movimento pela Equidade Racial (Mover) — uma organização sem fins lucrativos que reúne 49 companhias de diversos setores da economia empenhadas em combater o racismo e reduzir a desigualdade racial no Brasil —, a Mondelēz visa alcançar 35% dos cargos de liderança ocupados por pessoas negras até 2030, com foco especialmente voltado para as mulheres.
“A Mondelēz Brasil valoriza a igualdade étnico-racial. Por isso, prioriza a equidade e inclusão como fatores chaves, e assume a importância de refletir a diversidade deles em nossas equipes. Adotamos uma agenda sólida e intencional, que busca garantir, por meio de processos afirmativos, uma evolução assertiva”, diz a líder de diversidade, equidade e inclusão, Daniela Sagaz.
O foco na interseccionalidade de mulheres negras leva em consideração o potencial de conexão entre gênero e raça, já que 52% dos cargos de liderança da companhia são ocupados por mulheres.
Nos últimos anos, a Mondelēz Brasil implementou diferentes iniciativas para alcançar o objetivo, como programas de desenvolvimento, rodas de discussão e o engajamento ativo da alta liderança na jornada. Também estabeleceu medidas afirmativas com métricas específicas para avançar na busca por perfis de mulheres pretas e pardas, com atenção especial a posições de liderança. “Trabalhamos de maneira abrangente e estratégica para garantir a equidade e a inclusão das mulheres negras em todos os níveis da empresa”, complementa Daniela Sagaz.
As ações da Mondelēz Brasil que reforçam a equidade étnico-racial
Saiba mais sobre como a empresa promove diversidade, vagas inclusivas, tolerância zero à discriminação, letramentos e espaço para troca de experiências
– Programa de inclusão, letramento e mentorias para todos os funcionários.
– Recrutamento e seleção de vagas afirmativas, exclusivas ou preferenciais para pessoas pretas e pardas.
– Grupo de afinidade: espaço de acolhimento para a troca de experiências entre pessoas pretas e pardas com o objetivo de incentivar o pertencimento, ao valorizar a livre expressão. O grupo encontra-se periodicamente e traz discussões raciais relevantes dentro e fora do ambiente de trabalho.
– Canal de apoio às denúncias e tolerância zero contra qualquer tipo de discriminação.
– Comitê Genus: ao lado do Recursos Humanos, o comitê promove a diversidade étnico-racial na organização.
– Mondelíderes: planeja formar os próximos líderes da companhia por meio de um programa de aceleração de 20 meses, estimulando o desenvolvimento e o treinamento dos participantes via cursos e mentorias com os principais executivos da empresa.
Neste ano, foi lançado um programa de mentoria em parceria com a plataforma Mulheres no Comando e com o Instituto Identidades do Brasil (IDBR). Realizou-se, ainda, pela primeira vez, uma semana ágil com um time diverso 100% dedicado a encontrar soluções para acelerar o aumento da representatividade de pessoas negras em posições de liderança.
Para a líder de diversidade, equidade e inclusão, as iniciativas têm um impacto significativo no senso de pertencimento dos colaboradores, contribuindo para a retenção deles na empresa.
A trainee Daniela Nascimento endossa a eficácia das ações. “Tenho a oportunidade de ver mulheres pretas iguais a mim em cargos similares ou mais altos, o que gera senso de pertencimento”, afirma. “No dia a dia, o reflexo ocorre principalmente por meio da representatividade, pois eu sei que sou vista pela empresa, e esse olhar atravessa as camadas de diversidade que possuo, promovendo desenvolvimento e um ambiente corporativo que reconhece e acolhe essa diversidade múltipla.”
Composto por 28 colaboradores de todas as localidades de atuação, o comitê Genus promove ações de inclusão e equidade étnico-racial. “É a demonstração da preocupação em promover um ambiente igualitário, dando estrutura e autonomia para que pessoas que se identificam com o tema construam e enderecem iniciativas, contribuindo com
a igualdade dentro e fora da empresa”, explica Daniela Nascimento.
Por meio dos números e resultados, é possível mensurar o quanto as atividades estimulam um ambiente corporativo igualitário e como é a percepção dos colaboradores no dia a dia. No comitê, Daniela Nascimento trabalha com retenção de pessoas, engajamento dos grupos de afinidades, interseccionalidade e estratégias de desenvolvimento
de talentos negros do qual ela faz parte.
O Mondelíderes planeja formar os próximos líderes da companhia por meio de um programa de aceleração de 20 meses, estimulando o desenvolvimento e o treinamento dos participantes via cursos e mentorias com os principais executivos da empresa. As vagas da segunda turma foram totalmente destinadas para pessoas pretas e pardas.
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