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Cinco tecnologias que transformarão o varejo

5G, metaverso, computer vision, live streaming commerce e web3 mudarão a relação entre consumidores e marcas

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16 de novembro de 2022 - 6h00

O varejo exige atualização constante. Diante das novas demandas dos clientes e da ampla aderência à comunicação omnichannel, os modelos de negócios precisam estar atentos à tecnologia. Fortemente atrelado à inovação que transformará o modo como os consumidores se relacionam com marcas e produtos, o setor de telecomunicações é grande aliado do comércio físico e digital. Segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), no primeiro semestre deste ano, o comércio eletrônico brasileiro faturou R$ 73,5 bilhões. O ano deve terminar com montante de R$ 165 bilhões — acima do número do ano passado (R$ 150,8 bilhões).

“Há uma grande mudança em curso no modelo de negócio dos formatos varejistas e estes são constituídos a partir das novas tecnologias digitais”, diz Ricardo Pastore, professor e coordenador do núcleo de varejo da ESPM. O varejo é parte integrante de novos ecossistemas compostos por lojas físicas, online, móveis e, em breve, no metaverso. “As empresas que não se prepararem ficarão de fora desse movimento e acabarão perecendo em curto espaço de tempo”, adiciona.

Com a chegada do 5G e a ampla venda de smartphones e serviços móveis, o setor de telecomunicações é o segundo mais presente na publicidade digital — com US$ 135 milhões direcionados a anúncios eletrônicos . Em primeiro lugar, está o comércio varejista, que investiu, em média, US$ 150 milhões em comunicação online. Os dados são da Nielsen, que mediu os investimentos publicitários no meio digital por meio da plataforma Nielsen Ad Intel.

Segundo a ABComm, no primeiro semestre de 2022, o comércio eletrônico brasileiro faturou R$ 73,5 bilhões

Segundo a ABComm, no primeiro semestre de 2022, o comércio eletrônico brasileiro faturou R$ 73,5 bilhões (crédito: Cottonbro Studio/Pexels)

Telecomunicações ditarão o futuro do varejo

Ricardo Pastore, professor e coordenador do Núcleo de Varejo da ESPM, aponta cinco tecnologias que mudarão o futuro do varejo. Confira:

5G

No Brasil, a quinta geração de telefonia móvel já é realidade e será, gradualmente, expandida. Espera-se ganho exponencial na experiência de compra com o uso de aplicativos que adotam realidades aumentada (AR) e virtual (VR) aliadas à inteligência artificial (IA). Os recursos permitirão imersão em ambientes 3D para que os usuários conheçam detalhes sobre produtos e serviços que tenham interesse em comprar. Além disso, afirma Pastore, “aplicativos como TikTok deverão crescer em usuários interessados em filmes de longa metragem para entretenimento e educação”, diz. O professor e coordenador do núcleo de varejo da ESPM também destaca que a área de logística das empresas varejistas tende a ganhar muito com redes próprias 5G, que tornarão viáveis a robotização de centros de distribuição e entregas. “Veículos autônomos para entregas, finalmente, se tornarão viáveis, pois há grande redução no tempo de latência”, diz.

Metaverso

O metaverso já é considerado o terceiro pilar do varejo omnichannel. “O primeiro é o varejo físico e o segundo, o digital”, afirma Pastore. O termo caracteriza uma expressão virtual da realidade, que permite aos consumidores interagirem entre a representação digital de si mesmos e produtos, marcas e canais. Marcas já oferecem, via pagamento com carteiras digitais, produtos para avatares que só existem no metaverso. “O desafio para o varejo é integrar ecossistemas que promovam a interoperabilidade de recursos, conectando os dois mundos, físico e virtual, para que os usuários transitem de maneira fluida em experiências imersivas em 3D”, adiciona.

Computer vision

Redes privadas com 5G, com base em IA e machine learning, são capazes de permitir que os computadores possam ver, identificar e processar imagens, promovendo, assim, a automação de processos de compra em lojas físicas. A ciência da computação visual produzirá softwares integrados a hardwares, como câmeras de vídeos, gôndolas, prateleiras, cancelas de entrada e saída de clientes, equipamentos das áreas internas de lojas e meios de pagamentos, que gerenciarão processos a ponto de permitir o que já ocorre na Amazon Go: entrar na loja, ser identificado, escolher os produtos, sair sem ter que parar no caixa e ter a compra debitada de sua carteira digital. Da mesma forma, a reposição terá os processos automatizados. “O lojista que aderir a ecossistemas receberá produtos sem pedir, pois foi identificada demanda em sua área de influência”, explica o professor e coordenador do núcleo de varejo da ESPM.

Live streaming commerce

A quinta geração de tecnologia móvel também influenciará na evolução dos aplicativos de mensageria. “E-commerce, redes sociais, recursos de streaming de vídeos, meios de pagamentos, todos integrados, apoiados por IA e machine learning, promovem um sistema de vendas que é o mais utilizado na China”, afirma Pastore. No modelo live streaming commerce, a apresentação de produtos e serviços será feita por influencers, sob medida para o perfil da marca e, no momento da compra, o consumidor passará a ter atendimento exclusivo, feito por humanos, bots ou avatares. As transmissões podem ser ao vivo, de lojas ou estúdios, e interativas. “É uma nova dimensão, novo canal de vendas, com poderes maiores do que das vendas pessoais realizadas presencialmente, se comparadas com os recursos que existem hoje, disponíveis às equipes de loja”, afirma.

Web3

A Web3 utiliza a tecnologia blockchain, que terá o conteúdo imutável e produzido por usuários, criando um ecossistema que permite comprovação de origem, criação de marketplaces e uso de moedas virtuais, de maneira descentralizada. “No futuro, um varejista poderá garantir a rentabilidade de seu comércio não apenas pelas margens de lucro geradas pela compra e venda dos produtos, mas sim pelo tráfego gerado em sua loja, pela movimentação de produtos e serviços que permitirão a criação de valor de tokens não fungíveis (NFTs)”, explica o professor e coordenador do núcleo de varejo da ESPM. Os clientes que fizerem parte do ecossistema receberão cashback em tokens, gerando fidelização. A customização e personalização serão comprovadas, adiciona Pastore, pois produtos e NFTs serão ativos digitais únicos e identificáveis, o que permitirá sua valorização à medida que a troca de moedas acelera ao longo da cadeia de consumo.

Acompanhe também outras notícias sobre inovação e novidades do mercado de Martechs e Adtechs.

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