A equação da cultura de uma marca empregadora
5 passos para fazer a sua ação dar match com o seu discurso
A equação da cultura de uma marca empregadora
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23 de fevereiro de 2023 - 11h31
Peter Drucker, um dos maiores pensadores da administração moderna, afirma que a cultura “come” a estratégia no café da manhã. Clique aqui para inserir texto. Contudo, arrisco dizer que, em um mundo volátil, incerto, complexo e ambíguo, com os fundamentos ESG (sigla para governança ambiental, social e corporativa) tão latentes, ela é inerente e também o faz no almoço e no jantar.
Por isso, é senso comum afirmar – e não me canso de fazê-lo – que a cultura de uma organização é o eixo central do seu negócio, onde orbitam todos os outros elementos. Se o centro não for forte, sólido e consistente, todo o restante se dissolve. Ser intencional para ativar essa cultura, de dentro para fora, deixou de ser opção há alguns bons anos e tornou-se mandatório.
Mas retomo a minha provocação inicial: como ser intencional, se o mundo hoje muda tanto e tão depressa? Na minha cabeça, só há uma resposta possível: sendo verdadeiro. Em 5 passos, aprofundo esta reflexão e deixo a minha lista de desejos para um 2023 cheio de ação – e com intenção.
1) Seja coerente. Construir e gerir uma marca empregadora forte requer coerência entre o que os colaboradores vivem no dia a dia dentro da companhia e o que as empresas falam sobre si mesmas em seus canais oficiais, sejam eles on ou off-line.
2) Mantenha a escuta aberta e ativa. Saber o que o mundo fala te conecta a ele. Entenda e se aprofunde sobre as demandas sociais. O pós-pandemia nos trouxe, mais do que nunca, a importância sobre o equilíbrio em todos os setores de nossas vidas. Nos mostrou também que é possível executarmos um projeto grandioso, com equipes interseccionais e multidisciplinares, sem a necessidade de colocar todo mundo na mesma sala. A este modelo de trabalho híbrido e assíncrono, aqui na Unilever, demos o nome de hibridUs – porque batizar é preciso para gerar identificação entre funcionários e empresa – garantindo mais bem-estar, flexibilidade e colaboração entre os times, além de mais autonomia a líderes e liderados.
3) Lidere e provoque debates construtivos e que promovam impacto positivo. A marca empregadora tem o desafio de protagonizar e estar na vanguarda de temas que fazem parte das pautas sociais. De acordo com a 16ª Sondagem do Índice de Confiança da Robert Half (ICRH), 33% dos recrutadores entrevistados percebem que as iniciativas sustentáveis influenciam bastante na escolha dos candidatos entre uma empresa e/ou outra durante um processo seletivo. Isto porque a percepção de marca e do negócio impacta a atratividade de talentos.
4) Tenha relações duradouras. Mais uma dica que vale tanto para as empresas, quanto para as pessoas. Na Unilever, assim como em outras companhias, usamos o termo capitalismo de stakeholders para tratar da corresponsabilização de toda a nossa cadeia em temas importantes, como o plástico de nossas embalagens, a visibilidade para grupos sub representados em nossas propagandas e nas relações entre os parceiros comerciais, por exemplo. Para nós, é muito importante que todos que atuam junto ao nosso negócio – em todas as pontas – tenham valores semelhantes aos nossos. É primordial que tenham como foco a sustentabilidade, de suas operações, dos recursos naturais e do bem-estar dos consumidores e da sociedade.
5) Construa o seu legado. Pense em quais são as suas reais inspirações e contribuições? Qual o propósito que te move? Mire nessas respostas e, com elas, construa o seu legado para o planeta, para as próximas gerações. O propósito da Unilever é tornar a sustentabilidade algo comum na vida das pessoas e é nele que miramos os nossos esforços, com a certeza de que marcas com propósitos crescem, companhias com propósito duram, pessoas com propósito prosperam. Para atingirmos esse propósito, precisamos ser mais do que apenas uma empresa sustentável, precisamos estar verdadeiramente preparados para o futuro, com inovação, pensando em um mundo global e digital, sendo o mais rápidos e flexíveis possível para anteciparmos as muitas mudanças significativas que estão moldando nossa indústria.
Ter um propósito claro nos move – e talvez essa seja a sexta dica: encontre o seu propósito. É ele que impulsiona empresas e pessoas a perseguirem os seus objetivos, é ele que fortalece as nossas crenças e é ele que gera a intenção. Que a cultura e os valores, pautados pela intenção de impactar positivamente a vida das pessoas, persigam os dias de todas, todos e todes em 2023.
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