3 de fevereiro de 2023 - 6h00

Crédito: uzenzen/iStock

Crossing the chasm, é um clássico livro de marketing de Geoffrey A. Moore que examina a dinâmica de mercado enfrentada por novos produtos inovadores, com um foco particular no “abismo” ou lacuna de adoção que existe entre os mercados iniciais e convencionais.

Crossing the Chasm é uma adaptação de um modelo de adoção de inovação chamado teoria da difusão de inovações criado por Everett Rogers . Moore acredita que visionários e pragmáticos têm expectativas muito diferentes, e ele tenta explorar essas diferenças e sugerir técnicas para cruzar o “abismo” com sucesso, incluindo a escolha de um mercado-alvo , a compreensão de todo o conceito do produto, o posicionamento do produto, a construção de uma estratégia de marketing, escolhendo o canal de distribuição e preços mais adequados .

De acordo com Moore, qualquer pessoa com uma inovação ou um novo produto deve se concentrar em um grupo de clientes por vez, usando cada grupo como base para o marketing para o próximo grupo. O passo mais difícil é fazer a transição entre visionários (adotantes iniciais) e pragmatistas (maioria inicial). Este é o abismo a que ele se refere.

Agora vamos colocar mais um elemento na história, e se esta inovação atravessa o abismo e sociedade não esta preparada para adotá-la ?

É exatamente o ponto que nos encontramos hoje. O IA , agora popularizado pela chegada do Chat , e logo mais o Sparrow do Google , e ai ? Como usar, o que podemos usar, quais limites?

Criação de arte, poesia, pinturas, letras de música originais, trabalho de escola e muitas outras utilizações que a sociedade não previa, e agora terá que conviver com estes dilemas éticos, qual são os limites de aplicação?
Por este motivo, é importante que a sociedade entenda que discutir o futuro não é elucubração para os deuses e sim chegar num momento como esse, estamos mais bem preparados para lidar com alguns dilemas que a evolução tecnológica nos apresenta de forma abrupta. Se não fizermos isso, quem irá cair no abismo no futuro será a sociedade como um todo, uma nave desgovernada perdida no espaço e no tempo