A revolução do áudio
“Alexa, bom dia! Quais são as principais notícias hoje? ”
“Alexa, bom dia! Quais são as principais notícias hoje? ”
11 de maio de 2023 - 9h38
Essa é a primeira conversa do dia em muitas casas mundo afora. A assistente virtual, que é comandada por voz, já ocupa importante lugar na vida das pessoas, auxiliando-as em tarefas cotidianas, adicionando lembretes, conferindo o clima e informando sobre as principais notícias do dia. Com a intensa rotina de pessoas em constante movimento, o áudio traz praticidade e velocidade ao consumo de informações, conteúdos e troca de mensagens.
E não é apenas a assistente virtual que caiu no gosto popular. Nesse cenário, podemos também citar os audiobooks, que se apresentam como importante solução para quem quer otimizar o tempo e mergulhar em novas leituras, bem como os podcasts, que facilitam o acesso a conteúdos mais densos.
Outro importante exemplo são as mensagens de voz no WhatsApp, que conseguem encurtar conversas e se adaptar à disponibilidade de tempo do ouvinte. Segundo a plataforma de pesquisas digitais MindMiners, 56% dos respondentes afirmaram gostar ou gostar muito de enviar áudios, enquanto 57% afirmaram gostar ou gostar muito de interações via mensagens de voz. Vivemos a “Revolução do Áudio”.
O entretenimento, o jornalismo e a publicidade sempre valorizaram o áudio como um elemento-chave e um conector de boas histórias, seja através de um jingle envolvente, uma locução poderosa ou uma vinheta marcante. Como não lembrar do tema da vitória, nas corridas do Sena, do Plim Plim da TV Globo ou do som da Coca-Cola sendo servida em um copo cheio de gelo?
Antes o áudio era visto como coadjuvante, mas, com a fragmentação da mídia e o aumento do consumo em diferentes dispositivos, as áreas de marketing e comunicação estão cada vez mais atentas e trazendo o áudio como protagonista das marcas. Um dos meios para se fazer isso é através do sound brading, que é a marca registrada de som, logotipo de som ou logotipo de áudio, isto é, uma assinatura sonora que identifica a empresa nas campanhas publicitárias e em ações de marketing sensorial.
Apesar de pouco explorado no Brasil, esse conceito vem ganhando merecido destaque no mundo, como fez o Shopping Mueller, de Curitiba, na comemoração de seus 40 anos, ao se tornar o primeiro shopping do sul do Brasil a criar sua própria identidade sonora, levando em consideração a essência e os valores da marca.
Outra disciplina relacionada ao áudio está no marketing de conteúdo. A agência Radioweb – a maior agência de notícias do meio rádio no Brasil –, com mais de 2.200 emissoras afiliadas, faz uma média de 14 mil downloads diários (dias úteis) de sua página. Isso significa que, a cada seis segundos, uma matéria da Agência Radioweb é veiculada em alguma emissora brasileira afiliada.
No marketing de conteúdo, a Radioweb produz rádios customizadas, como a rádio Subway, com um banco musical sob medida para cada região do Brasil, além de vinhetas institucionais e promocionais da marca. Projeto que gera uma experiência sensorial e padroniza essa identidade sonora no ambiente de loja.
Outro modelo de negócio em marketing de conteúdo são os boletins informativos inseridos na programação das rádios por todo o Brasil, uma grande oportunidade para as empresas entrarem nas emissoras como fonte de informação sobre assuntos variados.
E com todas essas novidades na produção, distribuição e consumo de áudio, como está o rádio neste cenário inovador?
Nos Estados Unidos, segundo estudo da Edison Research, o Rádio FM/AM é a mídia sonora líder na publicidade de anúncios, com 73% do mercado, seguidos pelos podcasts com 15%, Pandora 5%, Spotify 4% e SiriusXM 4%. Isso comprova que o rádio continua sendo uma das formas mais eficazes de alcançar e engajar os consumidores.
Todas essas ações colocam o áudio como peça-chave nas estratégias de posicionamento de marca e na construção da memória sonora, com projetos de sound branding, rádios comerciais, customizadas, vinhetas sonoras, tocadores de podcast, boletins informativos e, também, na rotina cotidiana.
Além de ser vista, é importante que a sua empresa seja ouvida.
“Alexa, boa noite! Qual é a previsão do tempo para amanhã?”
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