Notícias
Agência da holding Flag, Cubocc completa 10 anos
Na foto abaixo, Bertrand Cocallemen, Wilson Mateos, Brisa Vicente e Felipe Castro: gestão compartilhada
Agência da holding Flag, Cubocc completa 10 anos
BuscarAgência da holding Flag, Cubocc completa 10 anos
BuscarNa foto abaixo, Bertrand Cocallemen, Wilson Mateos, Brisa Vicente e Felipe Castro: gestão compartilhada
12 de março de 2014 - 8h12
POR DÉBORA YURI
Nesta sexta-feira, 14 de março, a Cubocc completará 3.600 dias de fundação. O número equivale a aproximadamente dez anos de operação e marca uma próxima etapa para a agência brasileira, baseada na implantação de um modelo organizacional diferente e novos executivos assumindo a liderança.
Fundada em São Paulo pelo gaúcho Roberto Martini, a empresa foi adquirida pelo grupo Interpublic em 2010. Dois anos depois, Martini criou a holding Flag. “No seu surgimento, a Cubocc já apostava no modelo de comunicação integrada. Mas o mercado está mudando muito e, neste momento de transformação da indústria, resolvemos colocar em prática um outro desenho”, diz ele, CEO e CCO (chief creative officer) da holding.
À frente deste desenho reformulado está uma nova liderança que chegou ao comando da operação. Brisa Vicente, desde 2009 na agência, assumiu como COO (Chief Operation Officer) e divide a posição com Felipe Castro, gestor com passagens por Unilever e Philips. Bertrand Cocallemen é o atual CSO (Chief Strategy Officer) da empresa, que não tem CEO, e Wilson Mateos, ex-diretor de criação da DM9DDB, Y&R e Neogama, o CCO (Chief Creative Officer). Os quatro executivos agora compartilham a gestão.
Para cada cliente, foi criada uma “business unit” – espécie de agência autônoma, com equipe multidisciplinar própria e metodologias específicas. No ano passado, todas passaram a incorporar funções como data scientists e growth hackers.
Esta estrutura corresponde a uma visão de fragmentação do negócio, tendência que ganha força na indústria, explica Brisa Vicente. “Todos os nossos clientes são globais. De Unilever e Google, por exemplo, cuidamos de diversas marcas e categorias de produtos diferentes. A criação das ‘business units’ traz autonomia e poder de decisão de empresa para cada uma das unidades.”
O estrategista Bertrand Cocallemen lembra que a agência, desde o seu surgimento, sempre foi mais disruptiva e ligada à inovação. “Ela nunca foi desenhada para depender de mídia. Acredito que a mídia serve à estratégia, e não o contrário.” E a aposta na comunicação integrada seguirá, reforça Wilson Mateos. “Todos os nossos trabalhos são uma ideia gigante que se desdobra em várias mídias. Hoje, não existe mais divisão online/offline: as ideias já nascem integradas.”
Laboratório do novo
Fazendo um balanço dos quase dez anos da agência, Roberto Martini conta que o foco sempre foi desenvolver relações de longo prazo com marcas globais e líderes de mercado. “Para mim, a maior conquista é ter consolidado um negócio sustentável, estruturado numa rede de clientes e pessoas. Nosso negócio não seria nada sem esta rede.”
Entre os clientes da Cubocc estão Unilever, Coca-Cola, Google, Mondelez, Samsung, Liberty e Kaiser. O principal objetivo para os próximos anos, segundo Martini, é intensificar a fragmentação das “business units”. Hoje, a agência responde por cerca de 40% do faturamento da Flag. Já para o Grupo Interpublic, sua importância está mais ligada à visão contemporânea que tem, ele analisa.
“No início, a gente ajudava o grupo a entregar o novo para seus clientes e também a exercitar um laboratório do novo”, diz. “Ainda temos este papel, mas estamos provando que somos um negócio, e não apenas um laboratório.”
O fundador da agência aponta que a indústria vive um estado de mudança constante. “Elas não vão parar de acontecer, e cada vez de um jeito mais rápido. Não sabemos como serão os próximos dez anos, mas não temos medo de mudar e sabemos que vamos mudar.”
Veja também
Como a mídia programática pode inovar a publicidade no rádio
Especialistas analisam a possibilidade de comprar espaços publicitários de forma automatizada no rádio tradicional e quais são as vantagens disso
Como a tecnologia pode impactar pequenos negócios
Por meio de aplicativos para celular, startups oferecem soluções para unir indústria, mercado varejista e consumidores