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Quais são as soluções em nuvem para publicidade digital?
A tecnologia de armazenamento fornece às agências a possibilidade de criar campanhas com melhor assertividade e personalização
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Victória Navarro
18 de fevereiro de 2021 - 6h00
A indústria da Tecnologia da Informação (TI), cada vez mais, tem utilizado o termo computação em nuvem. A tecnologia permite a oferta sob demanda de recursos do sistema de computadores, como armazenamento de dados, sem o gerenciamento ativo direto do utilizador. A fim de fornecer serviços de fácil acesso, baixo custo e com garantia de disponibilidade e escalabilidade, a nuvem já é uma realidade dentro da publicidade digital.
Se, antigamente, para utilizar a tecnologia, as empresas precisavam pagar altos valores de implementação e consultoria, agora, a computação em nuvem é mais barata e acessível. “Ao perder a necessidade da estrutura individual e física para cada empresa, as marcas passaram a pagar uma mensalidade por seu uso. Com isso, servidores, armazenamento, bancos de dados, rede, software e praticamente toda tecnologia passaram para a nuvem, para a internet, proporcionando um ambiente com mais mobilidade, eficiência, produtivo, flexível, dinâmico e sustentável”, explica Fabio Duran, CEO e cofundador da agência de marketing digital Hubify.
Nesse cenário, as agências beneficiaram-se da computação em nuvem assim como qualquer outra indústria. “Hoje, graças à nuvem, por exemplo, temos uma precisão infinitamente melhor com a distribuição e segmentação de anúncios do que tínhamos há cinco anos. Isso traz uma escala e qualidade muito maior tanto para as agências como para os clientes”, diz Alexandre Kavinski, CMO da agência digital Mirum. Além disso, afirma, o consumidor é beneficiado por campanhas publicitárias com melhor assertividade e personalização. Há, ainda, outras ferramentas que estão em nuvem e que não são necessariamente de publicidade digital, mas que ajudam o trabalho do mercado de comunicação. “Há aquelas de gestão de projetos, como Trello e TeamWork, de comunicação interna ou com o cliente, como o Slack ou a Desk Manager, e até mesmo de gestão financeira, como o Conta Azul ou a Keruak”, adiciona Fabio.
O futuro do trabalho
A computação em nuvem já está determinando o futuro do trabalho e a publicidade é um dos primeiros setores a serem impactados. “A maior parte do nosso time de mídia trabalhava criando e otimizando campanhas no Google e no Facebook. Hoje, isso tudo já está automatizado na nuvem, graças especialmente à evolução acelerada dessas mesmas ferramentas de gestão de mídia, como Google e Facebook”, aponta Alexandre. O home office, por exemplo, promoveu uma maior adesão à tecnologia. No entanto, destacam, para isso, é preciso profissionais interessados em aprender novas funções e, cada vez mais, próximos de ferramentas analíticas do que daquelas de gestão.
Para o CMO da Mirum, a computação em nuvem é fundamental para a sobrevivência das agências. Trabalhar no ambiente em nuvem permite que a empresa seja muito mais ágil e efetiva, gerando escala e melhores resultados em todas as pontas: agência, cliente e consumidor final. “A tão falada transformação digital é alavancada por uma série de fatores, como a velocidade dos processadores, a quantidade de dados coletados e a inteligência artificial. Onde todos estes elementos se encontram? Na nuvem. Estamos falando de uma nuvem inteligente, com bilhões de pessoas conectadas e, futuramente, com uma quantidade inestimável de produtos e itens ligados à rede graças ao 5G”, diz.
As soluções
A infraestrutura na nuvem é capaz de solucionar três problemas da publicidade digital: escala, agilidade e preço. “Para desenvolver a maioria das aplicações para publicidade digital na nuvem, não precisamos nos preocupar em configuração e gerenciamento de servidores ou máquinas. Tudo isso já está pronto no formato self-service e pay-as-you-go”, explica o profissional da Mirum. Dessa forma, é possível reduzir o tempo de desenvolvimento e reduzir o custo de manutenção, já que se paga apenas pelo que é usado.
A computação em nuvem, também, permite a análise de comportamento para segmentação de clientes, já que, por exemplo, a integração nativa entre o Google Marketing Platform e o Google Cloud possibilita a criação de regras na nuvem para a divisão de clientes e audiências em tempo real, analisando simultaneamente milhões de sinais e pontos de contato para identificar insights. “Após a identificação de cada grupo de usuários, as mesmas integrações entre nuvem e DMPs nos permitem o envio de uma comunicação automatizada, personalizada e no momento certo para cada cliente”, afirma Alexandre.
Além disso, até pouco tempo, o desenvolvimento de qualquer modelo de machine learning exigia um enorme esforço de coleta, normalização e engenharia de dados. Hoje, ferramentas, como o Google Analytics, já possuem funcionalidades dessa tecnologia embutidas. Com apenas alguns cliques, é possível ver quais serão os usuários de maior valor para os clientes, quem comprará em um e-commerce nos próximos 30 dias ou até identificar pessoas que deixarão de comprar de determinada marca.
Ademais, na Mirum, conta Alexandre, é utilizado diversos serviços do Google Cloud: “Desenvolvemos uma solução para automatizar a derivação de criativos em escala. A ferramenta é totalmente integrada com as plataformas de mídia e permite a personalização de milhares de criativos para cada tipo de audiência, cada etapa no funil de compra. E, para tudo, utilizando algoritmos que analisam todos os sinais disponíveis a fim de criar o match ideal entre mensagem e consumidor”.
*Crédito da foto no topo: Johannes Plenio/Pexels
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