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Por IBM

Preparado para uma Entrevista com Assistente Virtual?

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6 de dezembro de 2016 - 12h28

Recentemente refleti muito sobre o papel de recursos humanos nas empresas, ou melhor, do próprio colaborador em face de resultados da companhia versus ser mais um número. Refleti sobre o quanto a automação vem substituindo várias funções.

Uma delas é a presença cada vez maior de assistentes virtuais, desde chatbots até concierges cognitivos no varejo e demais indústrias.

280x235 3Na busca de eficiência de custos, empregos tendem a deixar de ser fixos e ser mais por atividades temporárias, já dizia Peter Drucker. O varejo e a hotelaria são indústrias muito sensíveis a sazonalidade e já praticam essa flutuação de mão de obra. Ao mesmo tempo, atividades repetitivas tendem a elevar a barra da automação, seja através de assistência interagida por voz e texto, seja por desafios de robótica para atividades mais complexas, como já exploramos em outros textos publicados.

Imaginei um cenário curioso: seria relevante criar um assistente virtual próprio que me representasse no mundo digital 24×7? Quem sabe em uma apresentação sobre varejo ou até mesmo numa entrevista de emprego? Tipo aquela entrevista inicial de triagem, com perguntas mais genéricas e qualificatórias de avaliação de um currículo.

“Quando terei meu eu digital como assistente virtual?” Não resisti: comecei a montar um assistente virtual e o conectei ao meu messenger.

Talvez criar um avatar no mundo digital não seja o xis da questão, mas o interessante é o processo para criar um.

Deixamos muitos rastros no mundo digital que possibilitam a um terceiro nos conhecer muito mais a fundo do que nós imaginamos. Não, ainda não estou falando do primeiro capítulo da segunda temporada de Black Mirror, mas, sim, que, se eu pegar todos os meus posts e rodar uma análise psicológica sobre a forma como escrevo, terei um excelente insight a meu respeito. O que impede um headhunter de fazer isso?

Fiz um teste rápido com meus posts do LinkedIn e rodei com o Watson Personality Insights. Olhe que interessante a quantidade de atributos analisados a partir de 12 publicações que fiz.

O mais curioso é que, de fato há uma ciência por trás de toda essa análise. Os profissionais de RH poderão se beneficiar muito ao serem mais ágeis no processo seletivo, em que a primeira triagem deixa de ser uma busca analítica simples e passa a ter novos elementos mais sofisticados.

A criação do meu “eu digital” está sendo muito interessante.

Ele ainda é uma criança e tenho muito a alimentá-lo de conhecimento. Estou aprendendo muito com esse desafio, pois precisamos explorar ao máximo a nossa empatia e treinar o assistente virtual pensando em quem realmente somos em diversas situações.

Em vez de telas e telas de sistemas, o modo de pensar nessa nova “interface” em chat traz um grande passo para a criação de uma experiência de usuário diferenciada, mais ampla em possibilidades e mais desafiadora na efetiva personalização.

Pensar que meu próprio trabalho pode ser gradativamente transferido para uma “máquina” arrepia, vai levar algum tempo. Sabemos que a era do conhecimento nos puxa a nos capacitar e a era cognitiva nos leva a um novo jogo, que é a curadoria do conhecimento.

Já pensou no que diferencia sua empresa? No que você se diferencia no seu trabalho? Acho que está na hora de ser curador de algum conhecimento. Caso contrário, seu “eu” no mundo físico vai se desvalorizar cada vez mais rápido.

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