Ativos digitais: o que são, vantagens e como investir
Entenda o que são os ativos digitais, quais vantagens eles podem trazer e quais são os passos para investir em ativos financeiros no universo digital.
Ativos digitais: o que são, vantagens e como investir
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Meio & Mensagem
9 de novembro de 2022 - 8h00
À medida que o mundo se torna mais conectado, os ativos digitais ganham cada vez mais importância, seja no universo corporativo ou na área financeira.
De maneira geral, são considerados ativos todos aqueles recursos com algum valor que podem ser gerenciados via meio eletrônico.
Portanto, o conceito é bem amplo e abrange diferentes tipos de patrimônios, desde imagens digitais até as opções de investimentos financeiros realizados em ambiente virtual.
Mas afinal, quais são as vantagens desses recursos, como eles funcionam e será que vale a pena investir em ativos digitais?
Ativos digitais são arquivos ou recursos disponíveis no ambiente eletrônico que têm valor para um indivíduo ou organização.
Eles podem incluir desde conteúdo de sites e contas de mídia social até fotografias digitais e imagens de vídeo, passando ainda pelos ativos financeiros digitais.
Enquanto alguns ativos podem ter apenas valor pessoal, outros podem ser bastante valiosos para empresas.
Por exemplo, fotografias ou vídeos de alta qualidade dos produtos ou serviços de uma organização podem ser usados para fins de marketing, enquanto o conteúdo do site bem elaborado pode ajudar a atrair novos clientes.
Neste contexto, por se tratar de arquivos digitais e não físicos, as empresas têm se preocupado cada vez mais com o gerenciamento desses dados.
Além desse tipo de conteúdo, existem também os ativos dentro do universo financeiro digital, que incluem investimentos, ações financeiras e criptomoedas, por exemplo.
Aqui, podemos citar ainda os NFTs (Non-fungible Tokens ou tokens não fungíveis, na tradução livre), ativos criados com base na tecnologia blockchain para representar um objeto real, com dados únicos e insubstituíveis.
Sendo assim, os ativos digitais podem ser entendidos como todos os recursos que apresentam um valor e uma capacidade de retorno financeiro, e que podem ser armazenados, transferidos e até comercializados pelo ambiente eletrônico.
DAM é a sigla para Digital Asset Management, ou Gestão de Ativos Digitais na tradução para o português. Esse processo envolve todos os cuidados com os ativos em ambiente virtual, desde o armazenamento até o processamento e a organização desses dados.
Hoje, as empresas produzem e coletam um volume cada vez maior de informações diárias, o que exige um controle efetivo desses ativos.
Além disso, diferente dos ativos tangíveis, que podem ser facilmente quantificados por serem físicos, os recursos digitais demandam maior atenção em seu gerenciamento.
Dentro desse cenário, o DAM garante acesso fácil aos ativos da empresa, agilizando processos, permitindo análises mais assertivas e aumentando a proteção de dados.
Essa gestão de ativos é feita a partir do uso de ferramentas específicas, como softwares e sistemas operacionais que auxiliam na organização e no controle dos recursos.
Para as empresas, o software DAM funciona como um diretório de arquivos, responsável por manter os ativos organizados e centralizados para que sejam acessíveis a qualquer momento de forma prática, rápida e segura.
Neste contexto, para quem trabalha diretamente com ativos digitais, o DAM é uma ferramenta poderosa, capaz de tornar o dia a dia mais eficiente.
Os ativos apresentam grande importância estratégica para a organização, especialmente na área de marketing e de relacionamento com o cliente.
Com o público cada vez mais presente no ambiente virtual, os conteúdos publicados em sites e redes sociais passam a ter ainda mais relevância dentro das técnicas de posicionamento de marca no marketing digital.
Sendo assim, qualquer ativo digital torna-se parte do patrimônio da empresa, assim como qualquer outro elemento físico.
No cenário atual, com o movimento da digitalização fortalecido e crescente, eles são tão fundamentais para as atividades da organização quanto as estruturas físicas.
Pensando nos investimentos, a importância dos ativos digitais está diretamente relacionada à acessibilidade das aplicações financeiras.
São esses ativos que trouxeram um processo menos burocrático e bem mais simples para o público interessado no universo dos investimentos, ampliando o alcance de pessoas pela facilidade e também pela praticidade de ser realizado no ambiente digital.
Considerando todos os ativos, desde recursos digitais até ações e investimentos financeiros, existem inúmeros benefícios proporcionados tanto para as organizações como para o usuário.
Dentre elas, destacam-se como principais as seguintes vantagens:
– ampla acessibilidade;
– acesso democratizado;
– transparência nos processos;
– maior segurança nas transações;
– sem limitação de barreiras físicas ou geográficas;
– possibilidade de acessos remotos e transações a distância;
– redução de custos operacionais e despesas com infraestrutura física.
No caso dos investimentos digitais, por exemplo, há uma simplificação dos processos, uma vez que elimina-se a necessidade de um intermediário para concluir a transação.
Em outros tipos de investimentos, as corretoras costumam fazer essa ponte entre investidor e aplicação.
Com a facilidade de acesso garantida pelos ativos digitais, qualquer pessoa consegue se tornar um investidor sem grandes dificuldades e burocracias.
Esse movimento também abre espaço para a valorização e a negociação de mais bens, aumentando assim a oferta de ativos no mercado financeiro digital.
Tudo isso ainda é impulsionado pela inexistência de barreiras físicas e geográficas, que além de permitir maior acessibilidade aos investimentos, também auxilia as empresas a alcançarem uma quantidade maior de pessoas.
Além dos ativos considerados arquivos digitais, como as fotos e os textos em blogs, existem também os investimentos que se encaixam nessa categoria, como as criptomoedas.
A conexão entre ativos digitais e criptomoedas encontra-se exatamente no modelo do investimento, que acontece no ambiente digital e não físico.
Ou seja, não há uma troca de moedas físicas: toda a transação, envolvendo ganhos, perdas e gestão do investimento é realizada diretamente no meio eletrônico.
No ecossistema financeiro digital, as criptomoedas foram os primeiros ativos a utilizar a tecnologia blockchain, responsável por processar as transações entre os usuários.
Por serem realizados na plataforma blockchain, os investimentos em ativos digitais são totalmente seguros.
Na prática, o que a tecnologia faz para garantir essa proteção é separar as informações em blocos para criptografá-las, assegurando que os dados não possam sofrer nenhum tipo de alteração.
Além da plataforma blockchain, outras camadas de segurança ainda podem ser adicionadas a um ativo, como é o caso dos tokens e NFTs, por exemplo.
Com isso, a segurança dessa modalidade de investimento é reforçada e mantém tanto investidor quanto o próprio mercado protegidos de golpes.
Isso tem aumentado a confiança do público, aumentando o número de aplicações digitais, como mostra o relatório Institutional Investor Digital Assets Study 2022.
Segundo o estudo, quatro em cada cinco investidores institucionais aprovam os ativos digitais nas carteiras, enquanto 60% afirmam ter investido neste tipo de ativo no primeiro semestre de 2022.
É possível encontrar diferentes tipos de investimentos em ativos digitais no mercado, com níveis de risco variados entre si. Sendo assim, há opções para qualquer perfil de investidor.
Dentro do universo das aplicações financeiras, existe uma classificação com três perfis de investidores. São eles:
– conservador;
– moderado;
– arrojado.
As aplicações em criptomoedas, por exemplo, são mais indicadas para investidores de perfil arrojado, que buscam ganhos mais altos e não se importam de fazer investimentos com riscos mais elevados.
Mesmo apresentando algumas opções mais estáveis, os criptoativos tendem a sofrer variações maiores e, portanto, serem mais arriscados.
Por isso, pensando em um perfil conservador, que prioriza a segurança de suas aplicações, são indicadas as ações mais estáveis, como os tokens atrelados a dívidas do governo, por exemplo.
O investidor moderado está no meio desses dois perfis, apresentando uma predisposição para se arriscar um pouco mais do que os investidores conservadores, mas ainda assim buscando uma certa segurança nos ativos escolhidos.
Neste caso, uma boa opção pode ser aplicar valores mais baixos em criptomoedas. Apesar de serem investimentos mais voláteis, é possível comprar apenas frações desses ativos, permitindo que o usuário aplique em um ativo mais rentável sem correr grandes riscos.
Dessa forma, o investidor consegue entender melhor as oscilações do mercado antes de aumentar os investimentos na aplicação digital.
Uma boa gestão é a base para entender como usar ativos digitais de maneira eficiente, pois é esse controle que permite a organização dos recursos, garantindo assim acessibilidade e produtividade no uso.
De maneira geral, o Digital Asset Management deve ter algumas metas principais para ser bem sucedido, como:
– otimizar a segurança de dados;
– analisar oportunidades de mercado;
– considerar o aproveitamento financeiro;
– potencializar o desempenho dos recursos;
– avaliar riscos e desenvolver planejamentos preventivos.
Para obter os resultados desejados com uma gestão de ativos eficiente, a organização deve seguir alguns passos ao longo do processo, tomando alguns cuidados já na implementação de um sistema.
Além de escolher um software adequado às necessidades da empresa e orientar os colaboradores sobre a ferramenta, é importante que os gestores estejam atentos aos pontos destacados abaixo.
Dentre as diversas funcionalidades oferecidas pelos softwares DAM, o controle de acesso é uma das mais importantes.
Com ele, as empresas conseguem definir quem tem acesso aos arquivos ou recursos digitais armazenados no sistema, garantindo assim maior segurança aos dados.
Dessa forma, é possível, por exemplo, determinar quais usuários terão permissões para editar ou compartilhar arquivos e quais poderão apenas visualizá-los.
O conceito de ativos engloba diversos tipos de arquivos e patrimônios digitais, por isso é indicado que as organizações realizem uma categorização dos recursos existentes.
Criar um inventário, por exemplo, é uma solução muito comum entre as empresas. Ele permite entender quais os ativos disponíveis, além de ajudar a definir as prioridades de gestão.
Esse processo também facilita a organização dos arquivos e pode facilitar a identificação de recursos já não utilizados ou até obsoletos.
Para entender se a gestão está trazendo os resultados desejados, as empresas precisam ir além da organização de dados e definir métodos para analisar os efeitos das ações.
Neste ponto, os indicadores de performance são grandes aliados das organizações e ajudam a acompanhar o processo de gestão de ativos, tornando-o ainda mais eficiente.
Por isso, é fundamental que cada empresa defina indicadores alinhados com os tipos de ativos gerenciados e com os objetivos gerais da marca.
Com os dados coletados, a área gestora consegue identificar pontos de melhoria para o asset management.
A gestão começa com a implementação dos processos e do sistema de DAM escolhido pela empresa para auxiliar nessa tarefa administrativa.
Os responsáveis por gerenciar os ativos devem ter clareza sobre essas operações, bem como entender as funções disponibilizadas pelo software para aproveitá-las da melhor maneira possível.
Para facilitar essa fase de adaptação, as empresas podem proporcionar treinamentos sobre o uso das ferramentas, por exemplo.
Além de definir indicadores de performance, as empresas devem acompanhá-los e analisá-los com frequência para entender quais foram os resultados obtidos.
Com o monitoramento, é possível identificar quais ações fluíram de acordo com o esperado, quais processos apresentaram algum tipo de falha e o que pode ser ajustado para otimizar a gestão de ativos.
A área gestora pode determinar checkpoints para avaliar o desempenho dos ativos de acordo com os indicadores previamente estabelecidos.
Um ativo digital é qualquer recurso que apresenta algum valor, seja para um indivíduo ou para uma empresa, e que é gerenciado em ambiente virtual.
Imagens, textos de blogs, sites, investimentos digitais e criptomoedas são bons exemplos de ativos armazenados, transferidos e comercializados no meio eletrônico.
Diante do uso crescente dos espaços virtuais, a importância dos ativos digitais torna-se cada vez mais perceptível.
Para o universo corporativo, armazenar e gerenciar informações digitalizadas já é uma necessidade atual.
Enquanto na área financeira, os investimentos e as transações digitais transformam o comportamento dos consumidores, bem como ampliam as oportunidades de aplicações, tanto para o público como para quem as gerencia.
Confira também o artigo sobre os NFTs no Instagram para conhecer mais sobre ativos digitais
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