Assinar

Estes são os principais usos da IA na indústria da comunicação

Buscar
Publicidade
Opinião

Estes são os principais usos da IA na indústria da comunicação

Inteligência artificial potencializa a capacidade de realização do ser humano, mas isso só acontece de maneira plena quando o processo de trabalho é alterado

Preencha o formulário abaixo para enviar uma mensagem:


13 de novembro de 2024 - 6h00

Na medida em que a inteligência artificial (IA) vai sendo incorporada às rotinas da indústria da comunicação, algumas pesquisas vão capturando ritmo, direção e sentido em que isso acontece.

Recentemente, a Aberje, em parceria com a Cortex, publicou a pesquisa “Cultura de Dados, Mensuração e Inteligência Artificial na Comunicação”, conduzida com cem empresas brasileiras de diversos setores e, em sua maioria, de grande porte (mais de 1.000 funcionários).

Segundo o estudo, atualmente, 58% das áreas de comunicação já utilizam a IA em suas operações, mas apenas 8% afirmam ter um uso avançado. 29% dos respondentes afirmaram usar versões gratuitas de plataformas de mercado (como ChatGPT, Gemini e Copilot), 27% usam suas formas pagas, enquanto 25% adotam modelos customizados para o uso da Organização.

Entre as finalidades mais frequentes para o uso da IA na nossa área, destacam-se a elaboração de conteúdos (47%), geração de insights (40%) e aumento da produtividade (39%). A percepção dominante sobre a tecnologia é positiva, com 87% dos participantes afirmando que a IA contribui para a economia de tempo e 55% para a redução de custos operacionais.

Apesar de ver a IA de forma positiva, os profissionais apontam algumas barreiras para uma adoção maior. 56% dos profissionais veem a falta de precisão e desinformação como uma ameaça; em seguida vem a ausência de toque humano nas interações (55%), questões éticas (49%) e as incertezas jurídicas sobre questões como propriedade intelectual e responsabilização (49%).

Os dados acima já mostram que a adoção de Inteligência Artificial na área de Comunicação está num estágio incipiente. Seja pelos casos de uso ainda pontuais (como suporte numa tarefa específica), seja pelo uso de soluções de prateleira, sem o devido fine tuning, seja pela insegurança num uso mais amplo.

A grande disrupção possibilitada pela tecnologia virá com a remodelagem de processos e habilidades. Os respondentes já enxergam isso, pois 87% afirmam que o domínio da IA é uma habilidade necessária para o profissional; 81% apontam que será necessária uma gestão estrutural de mudanças na Organização e apenas 22% afirmam saber exatamente como usar esta tecnologia na área da Comunicação.

A inteligência artificial potencializa a capacidade de realização do ser humano, mas isso só acontece de maneira plena quando o processo de trabalho é alterado, levando o profissional para atividades de concepção e deixando para a tecnologia a operacionalização. O estágio atual de maturidade das plataformas já permite um impacto maior na indústria da comunicação. O gargalo está na cultura e na curva de aprendizado das nossas lideranças. A tecnologia evolui mais rápido que os comportamentos, mas precisa da mudança comportamental para que chegue no seu estágio máximo.

Publicidade

Compartilhe

Veja também

  • O que falta para que a TV 3.0 seja implantada no Brasil?

    O que falta para que a TV 3.0 seja implantada no Brasil?

    Ecossistema encara desafios como custo e aquisição de novos receptores e sincronia entre redes das geradoras e retransmissoras

  • Jornalismo na era 4.0: desafios e saídas

    Jornalismo na era 4.0: desafios e saídas

    Pyr Marcondes apresenta livro baseado em seus artigos para ajudar jornalistas a se adaptarem às transformações da produção de conteúdo