A estratégia digital do Magalu: um mix de formatos
Bernardo Cupertino Leão, diretor de marketing do Magalu, explica como a companhia utiliza formatos como live marketing, social, commerce e mobile marketing na estratégia de comunicação
A estratégia digital do Magalu: um mix de formatos
BuscarBernardo Cupertino Leão, diretor de marketing do Magalu, explica como a companhia utiliza formatos como live marketing, social, commerce e mobile marketing na estratégia de comunicação
Amanda Schnaider
16 de maio de 2023 - 6h03
A estratégia de alavancar o número de usuários no SuperApp segue sendo essencial para o Magalu. Isso é o que indica Bernardo Leão, diretor de marketing da companhia. Para isso, a empresa conta com estratégia de marketing digital que engloba diversos canais e formatos.
“A nossa estratégia reflete o comportamento do cliente. A marca precisa estar onde ele está. Durante a pandemia, os hábitos de compra mudaram. E, da mesma forma, se modificaram novamente no pós-pandemia. A companhia precisa acompanhar esses movimentos, se aproximar dos clientes e usar uma estratégia que crie conexões com eles”, salienta Leão. Em entrevista ao Meio & Mensagem, o diretor de marketing explica como o Magalu utiliza cada um dos formatos na estratégia de comunicação.
Meio & Mensagem – Qual é a importância do mobile marketing para o Magalu?
Bernardo Leão – Mobile marketing para nós é crucial. Mais de 80% do nosso tráfego acontece em dispositivos móveis. Isso é algo que vem crescendo ao longo dos anos. Há muitos anos temos a estratégia de focar bastante no aplicativo.
M&M – Como o Magalu utiliza o social commerce em sua estratégia de comunicação e marketing?
Leão – O Magalu, desde muito cedo, sempre apostou em iniciativas sociais para vender. Desde a criação da Lu, que faz 20 anos este ano, e é a maior influenciadora virtual do mundo, até a plataforma Parceiro Magalu Divulgador, que foi o primeiro social commerce do Brasil, criado em 2011. O Parceiro permite que outras pessoas vendam para as suas redes de amigos e familiares. Hoje, temos mais de 200 mil divulgadores dentro da plataforma, que interagem diariamente com as suas comunidades, levando melhores ofertas, promoções. E, no aplicativo, temos conteúdos compartilháveis, toda página de produto. O aplicativo é feito de uma maneira que todos os produtos podem ser facilmente compartilhados nas redes sociais dos consumidores.
M&M – E quanto ao live marketing?
Leão – E sobre live marketing, hoje, temos alguns publishers que fazem parte do Grupo do Magalu. Fazemos ações com Jovem Nerd, de acompanhamento de Oscar, por exemplo, com product placement ali no meio; até lives com CanalTech, um dos maiores portais de tecnologia, com lives de demonstração de produtos, com salas de lançamento; e mesmo a Zattini, que promove nas suas redes sociais lives voltadas para o público de moda. Varia muito cada estratégia da necessidade do negócio e também de onde é a sua audiência e seu público. Tudo tem a sua relevância dado ao seu tamanho.
M&M – Para que objetivo cada um desses formatos é mais indicado?
Leão – Depende muito, não gosto de colocar muito as coisas numa caixa porque a jornada do cliente é bem complexa. Não é muito linear.
M&M – Com o fim da pandemia, a empresa tem balanceado esses formatos com outros, como a mídia exterior?
Leão – Na volta às atividades presenciais, por exemplo, o Magalu foi a primeira marca do Brasil a ativar o YouTube, o Conected TV e mídia out-of-home de forma integrada, por meio de um projeto desenvolvido em parceria com o Google. Fizemos isso no início do ano para a Liquidação Fantástica. Adotamos uma estratégia on e off integrada que deu muito certo. A pandemia forçou o processo de digitalização. Tivemos esse processo quase anabolizado pela pandemia. E, naturalmente, os hábitos dos consumidores mudaram muito durante a pandemia. Teve aumento muito grande de consumo de TVs conectadas e, consequentemente, as lives que tiveram recorde de visualizações, o BBB, com fenômenos de audiência. Mas, o mundo voltando à normalidade, você tem, de fato, a fragmentação da audiência, as pessoas não deixarem de consumir o digital, esse processo não se reverteu, muito ao contrário, as pessoas estão usando mais. Tem muito a ver com a economia da atenção, tem muita coisa sendo produzida, muita coisa acontecendo. O desafio da marca é ser mais relevante para essa audiência. Temos uma estratégia bem completa, de estar, de fato, onde o cliente está, seja no ambiente digital ou no físico.
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