Assinar

GEO: como a IA pode redefinir a visibilidade online

Buscar
Publicidade
Opinião

GEO: como a IA pode redefinir a visibilidade online

A ascensão da IA generativa está redefinindo a forma como as marcas se conectam com seu público

Preencha o formulário abaixo para enviar uma mensagem:


21 de março de 2025 - 6h00

A forma como buscamos e consumimos informações está passando por uma transformação significativa. Plataformas como ChatGPT, Geminie Perplexity, assim como features como as AI Overviews do Google, exigem uma nova abordagem das marcas que desejam se manter visíveis nesse ecossistema emergente. Esse novo cenário dá origem a um conceito em ascensão: o Generative Engine Optimization (GEO).

GEO é o processo de otimização de conteúdo para aumentar a presença de marcas, empresas e produtos nas respostas geradas por inteligências artificiais. Diferente do SEO tradicional, que foca em melhorar o ranqueamento de páginas nos motores de busca, o GEO busca garantir que uma marca seja mencionada nas respostas personalizadas e conversacionais fornecidas por modelos de IA.

A busca por informação está migrando de um modelo estruturado, baseado em links, para uma experiência de resposta direta. Isso significa que não basta mais estar bem-posicionado em páginas de resultados; é preciso que as IAs reconheçam uma marca como referência em determinados contextos para que seja citada em suas respostas.

O GEO ainda é um campo recente, lembrando os primórdios do SEO, quando os critérios de ranqueamento dos mecanismos de busca eram desconhecidos. Atualmente, algumas estratégias começam a se destacar.

Marcas precisam ser reconhecidas como entidades relevantes dentro dos modelos de IA. Isso envolve garantir que suas informações sejam amplamente mencionadas em fontes confiáveis e contextualizadas dentro do setor.

Diferentes inteligências artificiais possuem formas distintas de obter informações. A Perplexity, por exemplo, é um plataforma de busca baseada em IA e funciona como um motor de busca com inteligência artificial, combinando modelos de linguagem avançados (LLMs) com a capacidade de buscar informações em tempo real na web. Não é um chatbot tradicional nem um simples mecanismo de busca, mas uma fusão dos dois, otimizando a busca de informações com linguagem natural e respostas diretas.

A sua base de conhecimento vem de dados de busca, e ela entrega resultados aos usuários ao interpretar a consulta e entregar informações que estão indexadas na web. Fazendo um paralelo com táticas de SEO, poderíamos dizer que as possibilidades de influenciar os resultados entregues por ela são mais ágeis.
Com o Claude (Anthropic) o cenário já é diferente. Esse modelo cria respostas a partir de seu banco de treinamento, ou seja, possui conhecimentos de uma base específica, que pode ser atualizada com determinada recorrência. A última atualização, segundo dados da Anthropic, foi em novembro do ano passado, sendo a anterior em julho.

Já modelos como o chatGPT e Gemini possuem conhecimentos gerados tanto de banco de dados para seus treinamentos quanto de dados de busca. Para entregar respostas, eles vão avaliar o input dado pelo usuário para ver se é necessário recorrer a informações atuais ou se dados do banco são suficientes. Com esses modelos híbridos em termos de fonte de informação, temos maior possibilidade de influenciar do que com o Claude, por exemplo.

O conceito de coocorrência é fundamental para GEO. Se um termo ou marca aparece frequentemente associado a um determinado assunto, sua chance de ser incluído nas respostas de IA aumenta significativamente.

Diferente do SEO, onde é possível monitorar rankings e cliques, em GEO as medições ainda estão sendo exploradas. Análises sobre menções da marca em respostas de IA e a capacidade de influenciar consultas são algumas das novas abordagens em estudo.

Dicas para implementar GEO na sua estratégia

Se sua marca deseja começar a atuar no ecossistema de busca generativa, algumas etapas são essenciais:

1. Compreenda seu mercado e como sua marca é mencionada. Pesquise como sua marca e seus concorrentes aparecem em ferramentas de IA e realize testes de consulta nos principais modelos, como ChatGPT, Perplexity e Gemini.
2. Crie e amplifique conteúdo relevante. Desenvolva materiais ricos e bem estruturados que possam ser assimilados por modelos de IA e foque na contextualização correta da sua marca dentro dos temas de interesse do seu público.
3. Otimize para reconhecimento de entidade. Certifique-se de que sua marca é citada de maneira consistente em várias fontes confiáveis e utilize palavras-chave e conceitos relacionados ao seu nicho para reforçar sua presença.
4. Monitore e ajuste sua estratégia. Realize auditorias periódicas para verificar a visibilidade da sua marca nas respostas geradas por IA e ajuste sua estratégia conforme os modelos de IA evoluem e novos padrões de resposta surgem.

A ascensão da IA generativa está redefinindo a forma como as marcas se conectam com seu público. Empresas que compreendem o impacto do GEO e adotam estratégias para garantir visibilidade dentro dessas novas plataformas estarão um passo à frente na corrida digital.

Publicidade

Compartilhe

Veja também

  • O que a DoubleVerify espera para CTV em 2025?

    O que a DoubleVerify espera para CTV em 2025?

    Executivos apontam tendências de IA, retail media e mídias sociais como pontos importantes

  • IBM e expectativas para 2025: sustentabilidade, segurança e automação

    IBM e expectativas para 2025: sustentabilidade, segurança e automação

    Com IA como carro-chefe, executivos da empresa de tecnologia falam sobre as tendencias tecnológicas para o ano que vem