O fascinante mundo da IA no marketing
Uma reflexão sobre o futuro da inteligência humana
Uma reflexão sobre o futuro da inteligência humana
17 de julho de 2024 - 6h00
A inteligência artificial (IA) no marketing pode e deve ir muito além da criação de imagens e vídeos. Em meio ao ritmo acelerado das inovações tecnológicas, é provável que, enquanto você lê este artigo, alguma nova ferramenta ou algum avanço envolvendo IA já tenha surgido.
Contudo, para escapar da síndrome do FOMO (expressão em inglês que significa fear of missing out e, em bom português, o “medo de ficar de fora”), eu proponho uma reflexão mais profunda. Não vamos apenas listar as ferramentas mais legais do momento, pois isso o Google faz em três segundos, mas sim provocar uma análise crítica sobre a utilização inteligente dessas tecnologias.
Por exemplo, a McKinsey identificou, no ano passado, o marketing como uma das quatro principais áreas onde a IA generativa agrega mais valor. Segundo pesquisa recente da IDC, até 2027, mais de 30% das tarefas triviais do setor serão automatizadas. Para os líderes do ramo, é crucial gerenciar a aplicação dessas tecnologias de forma eficaz em suas operações e equipes.
Apesar da popularidade do tema, muitos gestores ainda enfrentam dificuldades na implementação prática da IA. Por quê? Acredito que a questão principal é aprender a formular as questões certas antes de pensar na melhor ferramenta de IA.
Para aproveitar ao máximo a IA, é essencial se questionar sobre os fundamentos do assunto que você se propõe a explorar. Saber combinar as peças e, principalmente, fazer boas perguntas. É preciso continuar buscando cada vez mais conhecimento, mesmo com um arsenal tecnológico à disposição.
Não adianta ter a melhor ferramenta se você não sabe o que qustionar e como usar as respostas. Trabalhar com inteligência artificial vai exigir cada vez mais imaginação e vocabulário. Ler, entender os fundamentos da área em que você atua e saber fazer as conexões necessárias serão habilidades altamente valorizadas.
Existem múltiplas formas de utilizar IA no marketing e aqui trouxe algumas para refletirmos, como a personalização. Você pode querer customizar as experiências dos seus clientes, recomendando produtos ou serviços em tempo real. No entanto, se não souber definir o seu público-alvo, discernir o seu comportamento e como ele compra, você apenas vai acelerarar a entrega de respostas erradas, prejudicando potencialmente a reputação da sua marca ao tentar vender produtos para quem não está interessado.
Entretanto, os exemplos não param por aí e eu vou além. Precisamos focar nas especificidades de atendimento a cada pessoa, levando em conta as suas peculiaridades. Investir em um chatbot de atendimento capaz de fornecer suporte 24/7 pode parecer ideal, mas e se o seu cliente prefere falar ao telefone ou ter uma ajuda mais pessoal? Conhecer bem o seu perfil e as suas preferências é crucial para oferecer um suporte eficaz.
Para compreender como os seus esforços estão sendo vistos, o monitoramento de sentimentos e feedbacks dos clientes nas redes sociais é uma excelente opção de aplicação da IA. Contudo, saber como traduzir esses dados em insights acionáveis para ajustar o seu planejamento estratégico é fundamental. Dessa maneira, fica mais viável refletir sobre como a sua equipe vai usar essa informação para ajustar tendências e comunicações futuras.
A IA pode ainda revolucionar pesquisas de mercado, tendências e perfis comportamentais. Provedores de dados sintéticos permitem criar personas digitais que imitam qualquer tipo de pessoa que um profissional queira entrevistar, acelerando projetos que levariam meses para serem concluídos.
Assim, as possibilidades são infinitas, seja na área que for. Destaco aqui uma última que faz muito sentido para o marketing, visto que a IA pode fazer uma previsão de demanda de produtos com alta precisão, otimizando estoques e reduzindo custos. Algoritmos avançados analisam dados históricos, tendências de mercado, sazonalidade e eventos externos para fazer previsões detalhadas.
Por fim, a chave para o sucesso é formada por grandes oportunidades de agilizar processos e combinar dados de maneira que a capacidade humana não conseguiria em tão pouco tempo. Além disso, como avaliar se o que a ferramenta está mostrando faz sentido?
Apesar do alto nível de assertividade, os modelos mais novos ainda têm margens de erro e vieses. Por isso, entender os fundamentos, a leitura, o estudo, o vocabulário e a criatividade são fundamentais neste mundo cada vez mais inteligente artificialmente. Cabe a nós sermos a parte original e verdadeiramente inteligente.
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