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Opinião

O futuro do marketing

Quem são os profissionais que vão liderar a próxima década?

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14 de abril de 2025 - 10h56

À medida que a Inteligência Artificial se consolida como base fundamental das estratégias de marketing digital, é natural que lideranças empresariais passem a valorizar profissionais com competências adaptadas a essa nova realidade. Nesse cenário, não basta apenas compreender as tecnologias emergentes; é preciso dominar suas aplicações práticas para transformar campanhas digitais em iniciativas altamente personalizadas, eficazes e assertivas.

Estudo da RTB House baseado em diferentes fontes reforça essa mudança: atualmente, 66% das lideranças empresariais não contratariam profissionais sem habilidades em IA. Indo além, o levantamento revela ainda que 71% dos gestores preferem contratar um candidato menos experiente, mas com competências comprovadas em inteligência artificial, a profissionais mais experientes sem esse tipo de conhecimento. Esses números destacam um movimento claro de valorização da experiência tradicional aliada à capacidade técnica e estratégica para lidar com as novas tecnologias.

Outro dado revelador do estudo demonstra o protagonismo crescente da IA na rotina das organizações: hoje, cerca de 72% das empresas utilizam inteligência artificial em pelo menos uma função-chave do negócio, sendo que aproximadamente um terço (34%) das equipes de Marketing e Vendas já fazem uso regular da IA Generativa em suas operações diárias. Entre as aplicações práticas, o estudo aponta o suporte estratégico para conteúdo de marketing (16%), marketing altamente personalizado (15%) e identificação avançada de leads qualificados para vendas (8%).

Essa adesão intensa e acelerada é compreensível quando analisamos o potencial econômico envolvido: segundo projeções da McKinsey, a IA Generativa tem potencial para movimentar anualmente entre US$ 2,6 trilhões e US$ 4,4 trilhões na economia global, com 75% desse valor concentrado em quatro áreas principais — marketing e vendas sendo duas delas. Esses valores impressionantes superam o PIB da maioria das economias mundiais em 2024, ficando atrás apenas de países como EUA, China e Alemanha.

Contudo, apesar do cenário promissor e do inegável impacto da IA, o estudo também evidencia desafios que persistem. Uma pesquisa da Twilio citada no material da RTB House mostra que 81% das marcas afirmam ter um conhecimento profundo de seus consumidores, enquanto apenas 46% dos consumidores concordam com essa percepção. Essa discrepância indica que há ainda uma lacuna entre o potencial prometido pela tecnologia e os resultados efetivos na experiência do usuário. É exatamente neste ponto que se destaca a relevância do fator humano.

Paradoxalmente, quanto mais avançadas forem as tecnologias disponíveis, mais fundamentais se tornam as competências essencialmente humanas responsáveis por transformar dados em estratégias realmente eficientes. Nesse contexto, além do domínio das ferramentas tecnológicas, espera-se que o novo profissional de marketing possua um conjunto sofisticado de habilidades comportamentais, entre elas: empatia, criatividade, pensamento crítico, visão abrangente e estratégica, além de uma comunicação eficaz e capacidade para atuar em equipes multidisciplinares. Essas competências são essenciais para interpretar insights complexos gerados por algoritmos avançados e traduzi-los em campanhas que de fato se conectem com os consumidores.

Para que empresas alcancem este nível de excelência e conexão com os usuários, será fundamental o desenvolvimento de equipes híbridas, com profissionais que dominem não apenas a operação dessas tecnologias, mas sobretudo sua integração estratégica ao negócio e ao comportamento humano. Em outras palavras, a IA não deve ser vista como ameaça ou substituta, mas como uma aliada indispensável e responsável por executar tarefas operacionais e analíticas de forma ágil e eficiente, permitindo que os profissionais possam concentrar seus esforços naquilo que as máquinas não podem replicar: a criação de estratégias inovadoras, conexões emocionais e experiências diferenciadas para os consumidores.

Portanto, o novo profissional de marketing ideal na Era da IA é um especialista híbrido: alguém capaz de aliar profunda competência técnica a uma sensibilidade estratégica e humana altamente desenvolvida. São justamente esses profissionais diferenciados, capazes de combinar tecnologia avançada com um olhar empático e criativo, que conduzirão as organizações rumo à liderança de mercado em um futuro orientado pela inteligência artificial.

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