O Job mais importante da vida
Vou para a experiência mais ancestral e natural que existe: cuidar de uma nova vida que chegou ao mundo
Vou para a experiência mais ancestral e natural que existe: cuidar de uma nova vida que chegou ao mundo
10 de março de 2025 - 6h00
Na vida de um CEO, a gestão de negócios, os resultados e as entregas fazem parte da rotina. Mas há um job que transcende qualquer indicador de gestão, qualquer campanha bem-sucedida, qualquer estratégia inovadora: a paternidade.
Ser pai é a maior injeção de otimismo que um homem pode receber. É o que nos leva a assumir responsabilidades, a acreditar mais e, principalmente, a enxergar o futuro de uma nova maneira, pois é através dos olhos dos nossos filhos que projetamos a vida.
No último dia 28 de fevereiro, nasceu o Giovanni, meu segundo filho. Mais uma vez, a vida me lembrou que, por mais que nos preparemos, nada se compara ao impacto de segurar um filho nos braços. O mundo desacelera, as prioridades se reorganizam e, justo quando achamos que sabemos todas as respostas, a vida vem e muda as perguntas — como já dizia Luiz Fernando Veríssimo.
No mundo dos negócios, aprendemos que errar faz parte do processo. E ser pai não é diferente. Acertamos fazendo errado e erramos com as melhores intenções de acertar. Não existe um manual definitivo, uma fórmula mágica ou um briefing perfeito. Existe, sim, a disposição de aprender, de evoluir e de construir um caminho sólido para aqueles que confiam em nós para guiá-los.
Hoje, separar vida profissional e pessoal é praticamente impossível. O trabalho invade a casa, e a família entra no escritório – seja numa call interrompida por um filho chamando ao fundo ou numa ideia que surge no meio de um momento em família. O verdadeiro desafio não está na separação, mas no equilíbrio.
O influencer Marcos Piangers costuma dizer: “Muitos pais falam que morreriam pelos filhos, dariam a vida por eles, mas você viveria pelos seus filhos?”. E essa é a grande questão. No meio das reuniões, viagens e metas, o que realmente conta é o tempo que dedicamos. São os momentos que criamos, as histórias que construímos e os exemplos que deixamos.
Porque sucesso de verdade não é o que acumulamos, mas sim envelhecer e ver que nossos filhos ainda querem estar ao nosso lado.
Cuidar vem do latim coera, que significa cura. Ser pai é ser curador da vida. No meu caso, de uma menina de cinco anos com olhos de jabuticaba e cabelo de caracóis, e agora também de um piazinho — um pedaço do meu coração que anda, como diria o Tupi-Guarani.
Agora, saio de licença-paternidade. Sem inteligência artificial para me ajudar com as fraldas, sem aplicativos para ajustar o sono, sem babás, sem planilhas, sem nada.
Vou para a experiência mais ancestral e natural que existe: cuidar de uma nova vida que chegou ao mundo.
Vou sentir o cheiro da pele nova, aprender a decifrar choros e silêncios, trocar noites por olhares e e-mails por sorrisos sonolentos. Porque, no fim das contas, não há tecnologia que substitua o toque, nem algoritmo que ensine o amor.
Obrigado, Martina e Giovanni, pela oportunidade de ser Pai. Não vou descuidar de vocês.
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