O uso de dados na otimização de anúncios publicitários
Adtech aposta em DSP, de compra de mídia programática, aliada a bancos de dados para ampliar mercado no Brasil
O uso de dados na otimização de anúncios publicitários
BuscarAdtech aposta em DSP, de compra de mídia programática, aliada a bancos de dados para ampliar mercado no Brasil
Caio Fulgêncio
13 de outubro de 2022 - 14h54
A otimização de investimentos e o direcionamento assertivo de anúncios são desafios presentes no cotidiano de agências e anunciantes em uma realidade cada vez mais conectada e fragmentada em múltiplos canais. É nesse contexto que crescem as conversas sobre Demand Side Plataform (DSP), software de compra de mídia programática que automatiza processos que, anteriormente, eram feitos de forma manual.
Em linhas gerais, o anunciante (ou agência) estabelece o orçamento que será gasto e a segmentação específica que quer alcançar e a plataforma encontra os melhores espaços publicitários e, automaticamente, dá o lance com base nos valores do veículo de mídia, criando uma relação mais objetiva, veloz e, normalmente, mais barata. “Com a DSP, é possível fazer compra direta. A publicidade consegue estar em milhares de sites sem a necessidade do anunciante ter que conversar com cada espaço de mídia. Há um ritmo e alcance muito maiores a partir do uso da tecnologia”, explica Sebastián Padín, country manager da Retargetly, adtech latina que acabou de incluir DSP no escopo de serviços oferecidos no Brasil.
Padín defende que o uso da tecnologia no marketing pode tornar mais complexo, positivamente, o mercado brasileiro. A aposta da empresa é focar em anunciantes com pouca experiência nesse tipo de ação na internet aberta. Com isso, as agências conseguem contratar a estrutura da Retargetly – tecnologia, bancos de dados e equipe especializada no manuseio das informações.
Segundo o country manager, na otimização, é possível combinar a DSP a outras bases de dados – como first-party, de próprio anunciante, e third-party, de outros provedores – e, assim, identificar quais IDs performam melhor conforme os objetivos do cliente. Além disso, no caso da Retargetly, o anunciante consegue executar campanhas programáticas em vídeo, native ads, display, push ads e TV conectada (CTV).
Padín afirma que o Brasil é liderança na América Latina em relação ao trabalho no digital, no entanto, o setor de mídia programática ainda não é tão maduro quanto o de outros países da região. Para ele, um dos motivos é a estrutura das agências, tendo em vista que o serviço, normalmente, é oferecido por empresas full service, diferentemente de outros lugares, onde existem agências de mídia, com profissionais especializados em tecnologia de dados. “Aqui, como as agências são muito grandes, ainda não existem tantas pessoas na área, mas isso está mudando. Nos próximos meses, vamos acelerar isso, porque há demanda dos clientes para otimizar a comunicação e promover melhor experiência do usuário”, ressalta.
O lançamento da DSP da Retargetly faz parte de decisão da adtech de focar no desenvolvimento do mercado no Brasil, com estimativa de investir R$ 4,5 milhões até o final do ano. A empresa tem clientes como Kantar Ibope Media, Serasa, Amazon, Ambev, Itaú, bem como as agências Publicis, Omnicom, Africa e TBWA.
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