Open Innovation: 15 anos da evolução da inovação aberta no Brasil

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Open Innovation: 15 anos da evolução da inovação aberta no Brasil

Desde a criação do de Open Innovation Brasil, pela 100 Open Startups, em 2008, o cenário de inovação aberta brasileiro evoluiu exponencialmente

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25 de agosto de 2023 - 6h00

O termo open innovation, ou inovação aberta, foi criado em 2003 pelo então professor e diretor executivo no Centro de Inovação Aberta da Universidade de Berkeley, Henry Chesbrough. Ele conceituou pela primeira vez o termo em seu livro homônimo Open Innovation: The New Imperative for Creating and Profiting from Technology (Inovação Aberta: Como criar e lucrar com tecnologia, em português).

open innovation

(Crédito: Urbanscape/Shutterstock)

Sua definição consiste em ampliar a concepção da inovação de uma empresa, de forma que outras organizações, órgãos públicos e pessoas de fora da companhia possam colaborar em soluções criativas para os desafios do mercado.

“Antes [do livro], era um fenômeno que estava acontecendo de maneira natural, a coisa andava devagar. Depois que ele publica, conceitualiza, passa ter uma nova legião de praticantes que, propriamente, começam a gerir o open innovation”, pontua Bruno Rondani, CEO da 100 Open Startups.

Apesar de ter sido cunhado em 2003, o termo se popularizou no Brasil em 2008, quando os fundadores da 100 Open Startups criaram o Centro de Open Innovation Brasil, grupo colaborativo de incentivo à inovação no País. Nesse período, somente algumas empresas, como Vale, Natura e Embraer, se identificavam com o conceito.

Rondani explica que o grupo era para ter sido criado na FGV, na época em que era doutorando, mas que não deu certo e que, então, resolveu se unir com gestores e colegas do mercado para criá-lo. “O nosso papel foi trabalhar a disseminação do conceito nas empresas, criando o Centro de Open Innovation no Brasil”.

Desde 2008, o cenário de inovação aberta brasileiro evoluiu exponencialmente, com dezenas de unicórnios surgindo, como iFood, QuintoAndar, Loft, Madeira Madeira, Creditas e Neon. Segundo dados da 100 Open Startups, em 2022, 4.500 empresas firmaram parcerias com startups no País.

Momento atual

De acordo com o CEO da 100 Open Startups, a primeira versão do open innovation no Brasil teve vínculo com pesquisa e desenvolvimento. Porém, a discussão sobre a inovação aberta no Brasil perpassou somente a origem dela, e atualmente está na exploração, com modelos de negócios. “Hoje, refletimos o modelo business platform”.

Nesse estágio de modelo de negócios, a inovação aberta dinamiza mais as cadeias, gerando maior interesse das empresas. “Quando começamos a trabalhar com ecossistema de startups, em uma dinâmica com efeito de redes e formação de comunidades muito ativas, começamos a ter uma prática disseminada de open innovation”, ressalta.

Logo, atualmente, na evolução da inovação aberta, o Brasil se encontra no estágio de gerir ecossistemas, segundo Rondani. “Começa a ter uma competição de ecossistemas. Você tem que manter essa gestão para que você tenha abertura de poder cocriar com as pessoas que estão ali. É open innovation evoluindo para gestão de ecossistema”.

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