Como funciona o reality show A Fazenda no metaverso?
A Fazenda no metaverso é projeto criado pela XLab, empresa do Grupo TV1, que desenvolve plataformas digitais
Como funciona o reality show A Fazenda no metaverso?
BuscarA Fazenda no metaverso é projeto criado pela XLab, empresa do Grupo TV1, que desenvolve plataformas digitais
Amanda Schnaider
2 de dezembro de 2022 - 6h03
A Record TV lançou, no início de novembro, o seu reality show A Fazenda no metaverso. A responsável pela criação do ambiente foi a XLab, empresa do Grupo TV1, que desenvolve plataformas digitais para o mercado de comunicação com personalização e escala.
De acordo com André Assis, CEO da XLab e líder do projeto, tudo começou no primeiro trimestre do ano passado, quando a empresa enxergou a oportunidade de criar o metaverso de um reality show. “Passamos por um processo de estruturação, coisas de contrato e, de fato, em agosto, começamos a colocar a mão na massa. Queríamos trazer as pessoas para dentro de um ambiente no qual conseguissem se sentir dentro da Fazenda“, salienta.
Para entrar na Fazenda no metaverso é preciso acessar o site do projeto pelo computador ou celular, fazer cadastro, montar seu avatar, escolher um ambiente e começar a jogar. Assis afirma que A Fazenda no metaverso poderia ser acessada em equipamento de realidade virtual (VR), mas que a XLab escolheu deixá-lo somente em dispositivos móveis e nos computadores para ser mais acessível, indo ao encontro do público-alvo do reality. “Essa questão da democratização do acesso foi um grande desafio”, ressalta.
Dentro do metaverso de A Fazenda, é possível ver os animais, jogar games inspirados na realidade do programa e acumular pontos, que podem ser trocados por benefícios dentro do próprio jogo. Também é possível interagir com outras pessoas dentro do ambiente e conhecer os peões, os personagens do reality show.
Apesar disso, os avatares dos peões são NPCs, ou seja, personagens não jogáveis. “Você enxerga ele, tira selfie com ele, por exemplo, mas não consegue falar com ele, porque não pode te responder, afinal, está confinado dentro da casa”, explica o líder do projeto.
Apesar de o metaverso ainda ser tecnologia incipiente, Assis enfatiza que “passamos do hype e agora estamos entrando num momento no qual estamos enxergando quais são as oportunidades de negócio”.
O líder do projeto da A Fazenda pontua que há diferentes tipos de metaversos no mercado: os públicos, proprietários e os sociais. “Não são todos os casos que dá para trabalhar com os metaversos proprietários como o da Fazenda. Quando você tem marca que quer criar um metaverso proprietário, mas não tem conteúdo para isso, vai ter um custo muito alto”.
Para Assis, o metaverso no futuro vai ser extensão da persona digital, da mesma maneira como, atualmente, as pessoas valorizam o posicionamento social nas redes. Já para Cássio Mello, CEO do Grupo TV1, além da questão social, ainda há o ponto do metaverso como negócio. “Tem essas duas vertentes, a social, dessa persona digital, como também uma nova maneira de consumir, da mesma maneira que o e-commerce foi lá atrás”, pontua Mello.
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