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Flamengo: como gerenciar os ativos digitais de um clube

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Flamengo: como gerenciar os ativos digitais de um clube

Parceria do clube com a martech Yapoli fez com que dados do acervo histórico se tornassem oportunidades de negócios e comunicação

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29 de agosto de 2022 - 13h33

A principal atividade de um clube de futebol acontece no mundo físico, dentro das quatro linhas de um campo. No entanto, se engana quem pensa que os times não são responsáveis por gerar dados e ativos que circulam no ambiente online. De olho nisso, alguns clubes vêm se aproximando de empresas de tecnologia para explorar as oportunidades dessa digitalização. Um exemplo é o Flamengo que firmou uma parceria com a startup Yapoli, que trabalha com a gestão de ativos digitais para empresas como C&A, Havaianas e Unidas.

Há quatro meses no ar, o sistema buscou fazer com que os dados do patrimônio histórico pudessem ser melhor aproveitados pela comunicação do clube. Em entrevista, Adalberto Generoso, CEO da Yapoli, explica como isso foi feito e de que forma o gerenciamento de dados online pode auxiliar na operação dos clubes.

Torcida do Flamengo em jogo contra o Emelec, no Maracanâ, 2019

Torcida do Flamengo em jogo contra o Emelec, no Maracanâ, 2019 (Crédito: A. Ricardo/ Shutterstock)

Meio & Mensagem – Que tipo de material digital um time de futebol gera? Hoje, em linhas gerais, o quanto isso já é organizado e otimizado nos clubes?

Adalberto Generoso – Um clube gera, de forma contínua, milhares de materiais digitais, como fotos de eventos e partidas, vídeos, transmissão de jogos, contratos, documentos, documentários, materiais de mídia digital, súmulas, além de todo o acervo histórico. Hoje poucos clubes têm domínio sobre seu acervo digital, as diferentes áreas dos clubes são desconectadas, o acervo é descentralizado, sem categorização e com a sua distribuição sendo feita sem controle e segurança.

M&M – Como funciona o trabalho de gerenciamento de ativos digitais? O que é feito?

Adalberto – A Yapoli, por meio de sua plataforma, centraliza, organiza, classifica, distribui e escala todos os ativos digitais do clube, unindo todo o acervo, desde patrimônio histórico até marketing e comunicação. Integrando e automatizando e o acesso às informações comuns entre diferentes áreas.

M&M – Qual o background tecnológico necessário para esse processo? Que ferramentas a martech usa?

Adalberto – Somos uma plataforma com alta capacidade de visão computacional, ou seja, desenvolvendo e obtendo por meio de dados, informações capazes de aprofundar e melhorar análises de ativos digitais. A visão computacional possibilita a aprendizagem contínua – machine learning – agregada à inteligência artificial, fornecer informações de alto nível, por exemplo, por meio do reconhecimento de padrões. Essa abordagem em cima dos materiais digitais potencializa a capacidade de automação de processos, sensibilização de buscas mais rápidas e certeiras, economizando horas de produção e busca de materiais. Utilizamos computação em nuvem, atualmente AWS, que escala nossa capacidade de processamento, armazenamento e visão computacional.

M&M – O que esse gerenciamento gera de oportunidade para o clube? Como eles podem aproveitar esses ativos?

Adalberto – Ao longo dos anos, em períodos que antecedem a era digital, diversos materiais ficaram espalhados, devido a recursos limitados de registro, armazenamento e organização. A plataforma possibilita centralizar e organizar esses materiais. É a forma de conectar as pontas e tornar acessível aos torcedores toda a história do clube e do esporte. Outra parte fundamental é que todo o acervo digital do clube fica protegido, com acesso devido só para quem de fato têm permissão e com uma trilha de monitoramento, então, é possível checar quem fez download ou compartilhamento do material. Desse modo, o clube diminui exponencialmente o risco de vazamentos de ativos importantes.

M&M – Como isso se deu na experiência com o Flamengo?

Adalberto – Tornamos fluida a comunicação entre o patrimônio histórico e os departamentos de marketing e comunicação. Permitindo que as áreas troquem informações de forma mais eficaz, contribuindo para que sejam criadas peças pelo time de comunicação utilizando todo o acervo histórico do patrimônio do clube, gerando valor a partir do acervo e eliminando erros de comunicação. Para o futuro, queremos abranger ainda mais áreas do clube de regatas do Flamengo.

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