Dias de glória para a mídia
A automatização da compra e venda de espaços publicitários é importantíssima para a estratégia na publicidade e a valorização da Mídia como um todo justifica o investimento
A automatização da compra e venda de espaços publicitários é importantíssima para a estratégia na publicidade e a valorização da Mídia como um todo justifica o investimento
Valeria Contado
6 de dezembro de 2024 - 8h24
Se antes o trabalho da Mídia era, muitas vezes, resumido ao último slide da apresentação da campanha para o anunciante, apenas com as informações básicas, e quem brilhava era a Criação, o digital veio transformar completamente essa realidade. Mais de 50 anos depois que Marshall McLuhan cunhou a célebre frase “O meio é a mensagem” (que, inclusive, inspirou o nome deste veículo), ela parece fazer cada vez mais sentido.
Foi só em 1999, quase 50 anos depois da criação do Festival de Cannes que a Mídia ganhou uma categoria própria na principal premiação de publicidade do mundo. Desde então, a Mídia tem ganhado muito mais reconhecimento.
Pouco antes, em um passado não tão distante, representado na série “Mad Men”, cujo personagem principal, não por coincidência, é o diretor de criação da agência fictícia Sterling Cooper, Don Draper (vivido por Jon Hamm), as opções para exibir uma campanha não eram muitas: impresso (dividido em jornal e revista), rádio, TV, mídia exterior… No geral, a mesma peça ganhava adaptações para os meios que ela era exibida. As pesquisas com os resultados demoravam muito e, normalmente, não chegavam a tempo de grandes mudanças no que já tinha sido trabalhado.
A realidade hoje é bem diferente. Com a ajuda da Inteligência Artificial, aquelas adaptações de um meio para o outro que custava horas de trabalho de um ser humano, agora são feitas em segundos.
Além de aumentar muito as opções de meios existentes para exibir a comunicação de uma marca, com algumas características muito peculiares que demandam criações específicas, o digital também trouxe uma possibilidade de mensuração antes nem imaginada. Hoje, com ajuda dos smartphones, que estão nas mãos de 87,6% dos brasileiros com 10 anos ou mais, segundo a PNAD TIC (Pesquisa Nacional por Amostras de domicílios Contínua) do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, é possível, por exemplo, saber com muito mais detalhes o comportamento dos consumidores, desde a geolocalização até entender onde está a atenção das pessoas.
No digital, as métricas estão disponíveis em tempo real. Uma campanha pode ser monitorada enquanto está sendo exibida e, de acordo com os resultados alcançados, pode ser alterada imediatamente. Sem contar que a segmentação é muito mais assertiva e acurada.
A Mídia Programática também ajuda a colocar esse departamento da publicidade em destaque. Se antes o mídia precisava ligar para os veículos para fazer a reserva da publicação, mandar o arquivo e confirmar, em uma negociação que leva muito tempo, hoje tudo é feito de maneira automatizada (e, muitas vezes, bem mais eficiente). Em menos de um segundo, o espaço mais indicado para aquela mensagem é comprado e o anúncio chega para quem precisa, na hora e no lugar certos.
A automatização da compra e venda de espaços publicitários é importantíssima para a estratégia na publicidade e a valorização da Mídia como um todo justifica o investimento nessas inovações.
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