Gamescom consolida-se como a vitrine dos videogames do Ocidente
Tudo no seu devido lugar, o evento de videogames não foi transformado em um evento de influenciadores e nem de esports
Gamescom consolida-se como a vitrine dos videogames do Ocidente
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25 de agosto de 2023 - 6h00
A Gamescom 2023, que começou em 23 de agosto, mostrou que a Europa está consolidando-se como principal polo de lançamento de videogames no Ocidente. Com o fim da E3, nos Estados Unidos, este ano publishers do mundo inteiro transferiram suas verbas para o evento da Alemanha. Realizada na pulsante cidade de Colônia, a feira foi palco do anúncio dos próximos lançamentos em um layout lindo que misturou telões gigantes, atividades lúdicas e hands on, tudo orquestrado com muita organização, de acordo com o costume alemão.
Quem bancou o espetáculo? As first party, empresas de games expositoras, que espalharam outdoors suspensos pelo evento com seus próximos títulos; e empresas não endêmicas que têm o público-alvo similar ao do evento. A Philips levou seu barbeador OneBlade para lá. Lembrando que em 2023 existem gamers de todas as idades, e embora as pesquisas mostrem que metade deles são mulheres, isso não se aplica aos tipos de jogos exibidos em feiras. Os homens ainda são a imensa maioria.
Na minha opinião, o que faz um evento de sucesso são a participação das first party, o maior número de lançamentos e a organização. A Koelnmesse conseguiu levar tudo isso à Gamescom 2023, para um público de mais de 1 milhão.
A Microsoft ocupou o pavilhão da entrada com um estande gigante, onde mostrou o que vem por aí exibindo seus próprios jogos e lançamentos de seus parceiros. O destaque foi para Starfield, da Bethesda, que na noite anterior ganhou um novo trailer live-action na Opening Night Live da Gamescom.
A Nintendo ocupou metade de um pavillhão e como não poderia deixar de ser Mario e Luigi estavam lá para tirar fotos com os fãs. De novidade apresentou o recém-lançado Pikimin 4, colocado no mercado mês passado.
Mais de 15 lançamentos de empresas de todos os continentes foram anunciados logo no primeiro dia do evento e a maioria mostrou um trailer novo. Vou começar pelos clássicos. Caso de Assassin’s Creed Mirage da Ubisoft, previsto para 5 de outubro; Payday 3, que volta em 2023 depois de dez anos do 2, incluiu o rapper norte-americano Ice-T no vídeo da nova missão.
A Bandai Namco levou duas novidades para o evento: Little Nightmares 3 e Tekken 8, ambos para 2024. Já a Warner mostrou o rival de Tekken, Mortal Kombat, que será lançado em um mês. Outro gameplay exibido foi o novo capítulo da premiada franquia da Activision, Call of Duty: Modern Warfare 3 e o jogo europeu Cyberpunk, da Polônia, ganhou a tão esperada DLC.
A asiática HoYoverse levou um título inédito: Zenless Zone Zero e outros dois games que são sucessos globais Honkai: Star Rail e Genshin Impact para o palco principal do Opening Night Live. Eles foram exibidos no estande da empresa, com um visual belíssimo e cheio de cosplays para tirar fotos com os fãs. Uma boa sacada foi distribuir as sacolas gigantes com os personagens dos jogos, que sempre fizeram tanto sucesso na E3.
Por último, mas não menos importante, a organização impecável tanto para quem foi cobrir, como para os visitantes, que contaram com restaurantes, lanchonetes e banheiros espalhados por todos os lados, além de food trucks para quem queria comer ao ar livre e aproveitar o sol europeu; como para quem foi fazer a cobertura. A sala de imprensa recebeu mais de 100 jornalistas e os influenciadores usaram crachás cor-de-rosa para que fossem identificados andando pelo evento.
Tudo no seu devido lugar. O evento de videogames não foi transformado em um evento de influenciadores e nem de esports. Nesse quesito, eu vi apenas o estande da SKGaming, organização europeia, por lá. A Gamescom manteve o foco e apresentou à indústria, aos fãs – e ao mundo – lançamentos de videogames, como estávamos acostumados a ver nas feiras de videogames e cultura pop brasileiras. Quem sabe a moda pega?
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