O que significa ser estratégico em 2025
É hora de ter foco para não fazer as escolhas erradas
É hora de ter foco para não fazer as escolhas erradas
31 de janeiro de 2025 - 6h00
Imagine que existe no mercado um modelo de eletrodoméstico de uma marca estabelecida, mas que este modelo sabidamente apresenta um tipo específico de falha. Agora suponha que (por qualquer motivo que seja) eu comprei este produto, ciente ou não deste problema.
Após algum tempo de uso, para a surpresa de poucos, este erro se manifestou e o produto deixou de funcionar. Levei o aparelho na assistência técnica, para conserto. Depois de mais alguns meses, o mesmo erro ocorreu. De novo, levei o produto para reparo e voltei a usá-lo normalmente.
Depois de mais uma vez em que isso aconteceu, adotei uma nova prática: em vez de esperar o eletrodoméstico quebrar, passei a levar ele para uma revisão preventiva periódica. Desde então, a falha nunca mais se manifestou, e tenho usado o meu aparelho sem a preocupação de antes.
Esta anedota, por mais simples e aparentemente boba que seja, traz lições muito importantes sobre três palavras: operacionalidade, tática e estratégia. Ter um problema e consertá-lo: isso é ser operacional. Entender que vou ter um problema e me organizar para evitar que ele aconteça: isso é ser tático. Agora, a chave desta anedota é: e se eu tivesse escolhido outra marca na hora de comprar o eletrodoméstico? Isso seria estratégico. A estratégia, portanto, tem a ver com tomar as melhores decisões com base em todas as informações que estão ao seu dispor.
Chegamos, então, ao título deste texto. Quais são as decisões que se apresentam para as marcas neste início de 2025? A resposta – como nos revelou a NRF, evento global do varejo realizado em Nova York neste início de janeiro – está nas inovações tecnológicas. Estamos todos pensando em inteligência artificial – e quem não está corre o risco de ficar de fora de uma das maiores revoluções de negócios que já vimos. É como se estivéssemos numa grande bifurcação, e está na hora de tomar decisões importantes sobre o futuro. Portanto, é preciso ser estratégico.
Mas, na minha visão, a maior parte das empresas não está sendo estratégica na hora de decidir entrar no mundo da inteligência artificial. Muitos estão tomados pela empolgação e pelo fascínio que têm pelas IAs. Querem adotar algumas ferramentas só para poder admirar de perto e mostrá-las para o mundo, mas sem ter uma compreensão clara de quais problemas elas ajudam a resolver.
Um ponto chave sobre a IA – e sobre a decisão de entrar nesse universo – é que é preciso entender essas ferramentas como parceiras estratégicas. Ou seja, são instrumentos que nos ajudam no próprio processo de tomada de decisões, principalmente por serem facilitadores de todo o processo de coleta e tratamento de dados.
Por exemplo: posso colher dados de navegação de um conjunto de usuários de um site e processá-los usando inteligências artificiais. Na sequência, posso utilizar um agente de IA para criar personas que irão interagir com esses consumidores, melhorando a experiência do cliente. E tudo isso usando as inovações tecnológicas que já estão disponíveis no mercado.
Gostaria de enfatizar aqui a importância e o papel dos dados no “ser estratégico”. Os dados te permitem ter um diagnóstico mais preciso de qual parte do seu negócio pode ser aprimorada. Em outras palavras, os dados ajudam a identificar se você tem um problema operacional, um problema tático, ou se é preciso rever toda a estratégia.
É por isso que nós, da Monks, nos orgulhamos tanto do reconhecimento de agência multimomento pelo Google – selo dado às empresas mais maduras em IA no setor publicitário no Brasil. É uma prova de que temos as ferramentas necessárias e o olhar estratégico para encarar os desafios destes novos tempos. Sem esses requerimentos, é muito difícil acertar no diagnóstico e, por tabela, fica muito difícil acertar na estratégia, na tática e na operacionalidade. E, novamente, a inteligência artificial é um aliado nessa parte de diagnóstico.
Se você, nesta etapa, comete um erro, corre risco de mudar algumas coisas que estão dando certo. Ou pode acabar focando energia e recursos em algo que não é a razão por trás das suas dificuldades. O diagnóstico certo, aliás, nem sempre vai agradar a marca – por vezes, a resposta que ele exige será surpreendente ou contraintuitiva. Mas não se pode ter medo de rever a estratégia se ela não estiver funcionando, e é importante ter uma agência que saiba fazer esse reconhecimento e que consiga te apontar os melhores caminhos para superar as dificuldades.
Para concluir: se o ano de 2025 começou com decisões importantes no horizonte das marcas, sobretudo nas inovações tecnológicas, é hora de ter foco para não fazer as escolhas erradas. Tenha as ferramentas certas ao seu dispor, reúna o máximo de dados possíveis e não tenha receio de tomar rotas que desviem de planos feitos no passado.
Voltando para o exemplo do início: é importante estar munido das melhores informações, para garantir que vai comprar o modelo certo de eletrodoméstico, da marca certa. E para ter certeza que não vai precisar gastar tempo e dinheiro levando seu aparelho para reparo. A solução pode ser muito mais simples.
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