Produções não-ficcionais na era dos dados
Conteúdo personalizado pelos algoritmos ajudam os produtores a entregar histórias que se aproximam dos consumidores
Conteúdo personalizado pelos algoritmos ajudam os produtores a entregar histórias que se aproximam dos consumidores
Valeria Contado
14 de abril de 2023 - 5h59
A era dos streamings mudou a forma como as pessoas consomem conteúdo, seja ele entretenimento, esportes ou outros segmentos. A quantidade de dados disponíveis fez com que as produtoras conseguissem pensar em produtos mais direcionados e ao mesmo tempo mais abrangentes.
Esse foi o assunto das profissionais Susanna Lira, diretora e roteirista da Modo Operante Produções Culturais; Maria Angela de Jesus, head de produção de conteúdo da Paramount Brasil; Maria Telles, diretora, showrunner, jornalista e roteirista da Overwall deal com Amazon Studio Brasil; e Tereza Gonzalez, diretora sênior de desenvolvimento da Paramount, no palco do Rio2C.
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A temática em torno das produções não-ficcionais também é uma pauta que está se relacionando diretamente com a influência que a produção desenvolvida para os streamings exerce sob a roteirização do conteúdo. Por isso, Suzanna afirmou que os profissionais envolvidos nessas obras devem estar preparados para atender as demandas. “O roteiro do streaming tem a diferença da TV paga, tem o gancho de outros episódios. Você tem que cativar o espectador nos três primeiros minutos”, diz.
Isso acontece porque existiu uma evolução dos meios de consumo. Houve uma migração da TV aberta para a TV por assinatura, onde o conteúdo era segmentado por canal e gênero e, agora, para o streaming – que tem a segmentação, que pode ser embasada através do algoritmo de preferências, e, ao mesmo tempo, uma programação geral que atenda gostos variados.
Para Maria, essas mudanças aumentam a importância de haver uma comunicação aberta entre executivos, plataformas e produtores de conteúdo. “Precisamos fazer a nossa indústria funcionar a favor do streaming. Não podemos excluir isso da nossa criação, esse é o cenário. Ninguém tem uma fórmula mágica”, concluiu.
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