Streaming: na mesma tela em diferentes formas
Lilian Prado, Lucca Rossini e Renata Fernandes analisam os impactos da mudança da jornada da audiência na estratégia das marcas
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Valeria Contado
11 de abril de 2023 - 21h13
O palco do Summit do Meio & Mensagem no Rio2C recebeu, na tarde desta terça-feira, 11, Lilian Prado, diretora geral da Showheros; Lucca Rossini, head of sales da Samsung Ads Brasil; e Renata Fernandes, diretora de produtos digitais da Globo, para um debate sobre como as marcas podem se inserir no novo contexto de consumo de conteúdo.
As formas como os espectadores consomem conteúdo mudaram. De um movimento linear, que anteriormente levava em consideração apenas a programação da TV aberta e por assinatura, para um contexto em que quem está assistindo é o centro das atenções para players e marcas. Com o crescimento das plataformas e, consecutivamente, dos gastos, as empresas encontraram nos streamings uma forma de se conectar com os consumidores.
Esse movimento abriu uma nova forma para se conectar com consumidores em potencial. Segundo Lilian Prado, da Showheroes, apesar de não ser uma estratégia nova, essa roupagem ganhou impulso durante a pandemia. “A pandemia acelerou a mudança de comportamento. Chamamos isso de movimento cord-cutters (de forma geral, pessoas que trocam assinaturas de TV por serviços de streaming). As pessoas também voltam a repensar sobre receber publicidade e não pagar pelo conteúdo”, explicou.
Isso significa, para as marcas, a oportunidade de estar inserida em um contexto direcionado e baseado em dados, já que os aplicativos de streaming e a TV conectada facilitam acesso aos números.
Neste cenário, dados captados pela Samsung Ads mostraram que dos 15 milhões de devices conectados da marca, 30% não consomem mais TV. Dos 70% restantes, 22% consomem uma hora de canais abertos ou por assinatura. São dados como esses que direcionam as pesquisas da empresa a respeito do que pode ser feito e trabalhado em parceria com as marcas.
Lucca Rossini, explica que, por isso, a Samsung trabalha em seus Ads com base em três premissas. A primeira se relaciona com respeitar o momento do espectador e não ser uma publicidade invasiva. Em um segundo momento, o diretor avalia a importância de contextualizar a comunicação quando ela é inserida durante uma exibição. E, por último, a necessidade de ser algo atrativo e que capte a atenção.
“Com a chegada das plataformas de streaming, a tomada de decisão mudou. Sob o viés das marcas, o maior desafio é a disputa pela atenção. Conseguimos ter uma análise transversal”, avaliou Rossini.
Nesse contexto, emerge o Globoplay. A plataforma de streaming da Globo já está pensando nas soluções para as novas formas de consumo de conteúdo. O ao vivo se tornou uma das fortalezas da marca – que passa a oferecer o “aqui e agora” que os consumidores buscam em uma plataforma on demand. Além disso, a marca busca soluções para que os assinantes dos planos gratuitos ou mais baratos possam receber publicidade de forma não invasiva.
Isso já é feito através do pause ads. Com essa ferramenta, a plataforma consegue inserir uma marca durante a pausa do consumidor sem interferir no conteúdo. “Estamos falando das mudanças para os consumidores e para as marcas. Temos que respeitar o momento do usuário. Passamos a entender onde a marca pode entrar e que ela não precisa ser pedágio para o usuário”, explicou Renata, da Globo.
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